Parceiro de treinos pede que Aldo não se aposente: "Está jogando o jogo"
Escalado para o encontro com a imprensa realizado nesta terça-feira (18) para promoção do card do UFC SP, evento programado para o próximo dia 19 de novembro, o peso-médio (84 kg) Thales Leites não se esquivou de comentar sobre o caso do parceiro de treinos José Aldo, que anunciou sua aposentadoria recentemente. O movimento do campeão interino dos pesos-penas (66 kg), no entanto, pode não ser definitivo na visão do amigo.
Deixando claro que torce para que Aldo não se aposente, Thales apontou para a reunião que o parceiro de treinos fará com Dana White em Las Vegas (EUA) como decisiva para que a decisão seja definitiva. Até que isso aconteça ele segue apoiando a postura mais rígida do campeão, que parece cansado de ser deixado de lado nos planos da entidade.
“Na minha opinião, ele não deveria se aposentar, até porque acho difícil que o UFC libere ele. Se não me engano, eles vão conversar sobre isso. Mas ficou claro que foram dois pesos e duas medidas. Quando o Aldo foi o campeão, ele quis subir de categoria para lutar com o Pettis, mas o UFC pediu para ele deixar o cinturão vago. Agora estão fazendo isso. Entendo pela empresa, visar o lucro. Os culpados de tudo isso somos nós, os telespectadores e amantes da luta que querem ver o circo pegar fogo”, afirmou.
O raciocínio de Thales vai de encontro aos números. Dos cinco maiores pay-per-views da história do UFC, três deles contam com o irlandês na luta principal, o que reflete o interesse do público em vê-lo lutar. Com isso em mãos, Conor colhe frutos e mostra poder de barganha para negociar contratos e excentricidades, como a chance de ser campeão em duas categorias de peso ao mesmo tempo.
“Ele é bom, ninguém é campeão à toa. Ele é fanfarrão, mas é bom, um cara duro. Ele está vendendo o dele. Todo mundo pode criticar, mas quando for o dia da luta dele contra o Alvarez vai estar todo mundo para assistir. E isso movimenta a economia. O UFC não esta errado. Esse negócio de samurai… Quero ver lutar de graça. Ou então doa a bolsa. É uma profissão. Acho que o Aldo está certo, está fazendo barulho e jogando o jogo”, narrou, dando a entender que acredita que Aldo deve voltar a lutar.
Por fim, em rápida análise, Thales comentou a evolução dos ‘trash talkers’ no MMA e garantiu que McGregor atinge níveis inéditos em suas provocações e que encara isso como parte do negócio. No entanto, tal postura não poderia ser replicada por atletas que não carreguem esse estilo previamente.
“Se você for pensar, todo mundo teria que ser uma pessoa que não é. O Aldo não é desse jeito. Ele não precisa vestir uma máscara. O Bisping foi um dos primeiros falastrões do UFC e investiram nele. E ele não foi campeão na época. Depois teve o Sonnen e ele não conseguiu ser campeão. Daí veio o Conor falando e fazendo. E o pior é que ele falava que iria nocautear no primeiro round e nocauteava. Então todo mundo quer ver ele. Mas tem que ser o que é, se não vai todo mundo ficar cuspindo e saindo na porrada na press conference. Vão pensar que é selvageria, mas não é”, finalizou.
Aos 35 anos e dono de um cartel com 26 vitórias e seis derrotas, Thales leites, que já disputou o cinturão do UFC contra Anderson Silva sete anos atrás, vem de vitória na organização sobre Chris Camozzi e se prepara para encarar o polonês Krzysztof Jotko em São Paulo.
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