Golpe ilegal interrompe luta e polêmica marca card preliminar do UFC 207
Alex 'Cowboy' abriu o card preliminar do UFC 207 nesta sexta-feira (30) e viu o sonho de se apresentar no último show do ano se transformar em um pesadelo. Diante do experiente Tim Means, o brasileiro protagonizou um combate para lá de polêmico logo no primeiro round, tanto que a luta terminou sem um vencedor oficial.
Depois de um bom começo, o brasileiro foi derrubado e, no momento em que tentava levantar, foi acertado por duas joelhadas ilegais. E aí a polêmica começou. Enquanto o árbitro separava a luta e anunciava o tempo de descanso para que o brasileiro se recuperasse, o meio-médio (77 kg) americano dava início às suas reclamações. De acordo com ele, Cowboy estava com um joelho no chão, o que, somado ao outro pé, garantiriam dois apoios no solo, e a regra condena golpes a partir de três pontos.
No entanto, ele se esqueceu de contar o outro pé do brasileiro, que a essa altura já dava sinais de que não tinha condições de continuar da disputa. O anúncio oficial de 'No Contest' deve ser colocado em discussão nos próximos dias. Afinal, a regra diz que caso os golpes ilegais aplicados na primeira metade da disputa sejam intencionais, a desclassificação deve ser aplicada. E logo na entrevista no octógono Means garantiu que buscava o nocaute e que não tinha conhecimento de que a regra dos três apoios funcionava dessa forma.
Após o resultado, o técnico do brasileiro falou ao site MMA Fighting que irá recorrer da decisão. Todo mundo viu que o joelho foi ilegal. Isso é inacreditável. Nós vamos apelar, queremos esta vitória", afirmou Otávio Duarte, que falou sobre o estado do brasileiro. "Ele ficou tonto, o que é normal após tomar duas joelhadas no rosto, mas ele está bem agora".
O campeão não voltou
Ex-campeão dos meio-médios (77 kg), Johnny Hendricks convive com a desconfiança e a cobrança dos fãs que o pressionam desde que ele perdeu o cinturão. Com atuações bem abaixo da época não tão distante em que dominava a divisão, o americano também encara problemas com a balança. Tanto que não atingiu o peso limite para o duelo contra Neil Magny.
E, com esse peso nas costas, o barbudo não voltou a ver seu braço erguido. Depois de um primeiro round em que sofreu para encurtar a distância e entrar no raio de ação do adversário, 15 cm mais alto, e sofrer com chutes altos e na linha de cintura, Johnny tratou de botar para baixo na segunda etapa e se mostrar superior no ground and pound. Com isso, o duelo estava empatado.
Cansado, o ex-campeão caminhou para frente paraa garantir o domínio do cage, mas apenas atacou em contragolpes, o que lhe garantiu a possibilidade de clinchar e levar para a grade. De lá, apesar da boa defesa do rival, uma queda cinematográfica não apenas levantou a torcida, como abriu caminho para equilibrar o duelo no ground and pound. No entanto, um triângulo aplicado nos instantes finais fizeram de Neil o vencedor.
Golpes ilegais
Em duelo truncado, equilibrado e bastante conturbado, Antônio 'Cara de Sapato' anotou sua segunda vitória seguida no UFC pela primeira vez na carreira. Mas, para isso, ele precisou vencer o primeiro round, etapa esta que ficou marcada pela troca de golpes ilegais entre os competidores. E apesar do brasileiro acertar duas dedadas no olho do rival, que retribuiu com uma, nenhum ponto foi retirado pelo árbitro.
No segundo round, o italiano controlou o ímpeto do adversário e, mesmo no chão, travou o afiado jiu-jitsu do campeão do TUF Brasil 3 para garantir vantagem no ground and pound. No entanto, o esforço feito lhe custou a energia necessária para disputar o terceiro round, o que abriu as brechas para que Cara de Sapato fosse superior mais uma vez e provasse aos juízes laterais que era merecedor do triunfo.
Lutas velozes
Após o duelo de Alex Cowboy, Alex Garcia, que nocauteou Mike Pyle, e Niko Price, que finalizou Brandon Thatch, quebraram a banca dos experientes rivais ainda no primeiro round e fizeram a alegria da torcida, que ainda não lotava o ginásio T-Mobile Arena, em Las Vegas (EUA).
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