Lyoto assume responsabilidade por doping e enaltece aprendizado
Após admitir o uso de uma substância proibida (7-keto-DHEA) em abril de 2016, Lyoto Machida foi suspenso por um ano e meio pela USADA (agência americana de controle antidopagem). Agora, com a sua punição chegando ao fim, o carateca está escalado para encarar Derek Brunson no UFC São Paulo, evento marcado para o próximo dia 28 de outubro, depois de mais de dois anos sem se apresentar. E quem acha que esse período afastado dos cages foi prejudicial ao brasileiro está enganado. Pelo menos, é isso o que garante o próprio 'Dragão'.
Durante uma conversa com jornalistas realizada nessa terça-feira (29) em São Paulo, Lyoto assumiu a responsabilidade pelo flagrante no doping e contou que tentou enxergar as coisas pelo lado positivo. De acordo com o carateca, esse tempo sem lutar acabou sendo benéfico uma vez que ele pode afiar o seu jogo e evoluir em outros aspectos que compõem as artes marciais mistas.
"Acho que tenho que assumir a responsabilidade do que aconteceu. Enquanto eu estava brigando e tentando achar um culpado, eu não cresci como pessoa e a minha carreira parou. Então, a partir do momento que eu aceitei que eu cometi um erro, tudo começou a mudar na minha vida. Foi um aprendizado de vida, como pessoa. A culpa foi minha, assumo essa responsabilidade. Com relação a pena, é algo que não tem mais o que discutir. Em um primeiro momento, achei que foi duro demais, mas tudo acontece por um motivo. Eu precisava me retirar um pouco para poder melhorar tecnicamente e aprender outras habilidades", declarou.
Envolvido em um incidente com doping pela primeira vez em sua carreira, Lyoto, hoje aos 39 anos de idade, admitiu que se sentiu taxado de trapaceiro pela maioria dos fãs – fato que nitidamente incomodou o atleta. Afinal de contas, até mesmo Jon Jones, que nem teve sua contraprova analisada, já sofre com o julgamento antecipado da torcida.
"No primeiro momento que o doping é anunciado, você acaba rotulado de trapaceiro, de uma pessoa que tentou se dar bem em uma situação. Principalmente das pessoas que não te conhecem. Por exemplo, o Jon Jones agora. Ele recebeu muitas críticas, mas nós não sabemos o que aconteceu. A vida é dele e ele que sabe. Cada um tem a sua vida e o seu momento".
Com o longo período sem lutar, Lyoto ainda analisou os principais pontos positivos e negativos que um hiato do octógono lhe proporcionou: "De negativo, acho que fica o ritmo de competição. Você perde esse ritmo, não tem jeito. Mas, em termos técnicos, eu tive tempo suficiente para fazer alguns ajustes no meu jogo. Na parte de chão, na parte de defesa de queda, e até no jogo em pé – que é meu carro-chefe. Sempre tem alguma coisa que você pode melhorar".
A última apresentação de Lyoto aconteceu em junho de 2015, quando o Dragão foi nocauteado por Yoel Romero. Aos 39 anos de idade, o carateca coleciona na carreira um cartel com 22 vitórias e sete derrotas.
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