Fábio Maldonado revela lesão em última luta e diz: "Tenho muitos defeitos"
Fabio Maldonado surpreendeu os fãs mais assíduos de MMA ao conquistar sua segunda vitória seguida na carreira e derrotar Kurban Omarov no Fight Nights 73, evento disputado no Daguestão (Rússia) na última segunda-feira (4). E a surpresa não se deu exatamente pelo fato de o paulista sair com a mão levantada, mas sim pela forma como isso aconteceu - finalizando o rival com uma guilhotina no terceiro round.
Especialista na trocação, Maldonado anotou sua quarta vitória desta forma em uma carreira que conta com 24 triunfos e 11 derrotas. Em conversa com a reportagem da Ag. Fight, o ex-UFC confessou que nunca conseguiu colocar em prática seu jiu-jitsu no MMA, mas deixou claro o seu enorme respeito e admiração pela arte suave.
"Eu sei fazer esse golpe e MMA tudo pode acontecer. A gente treina tudo e claro que tem dificuldades em algumas coisas. Mas o que eu nunca deixei de treinar foi o jiu-jitsu. A vida toda achei que o jiu-jitsu não poderia faltar. Só que eu não conseguia finalizar, tinha mais sucesso batendo na cabeça e no corpo, onde ganhei minhas lutas", afirmou o paulista.
Maldonado ainda revelou que sofreu com uma torção no pé direito logo no início do combate, o que o impossibilitou de buscar seu estilo mais agressivo. Mesmo percebendo Omarov cansado, o brasileiro não conseguiu imprimir um ritmo mais forte a ponto de pressionar o oponente contra as grades, e isso o fez "apelar" para a tentativa de finalização.
"Pensei que fosse conseguir pegar ele na mão logo no começo, mas ele é duro e chuta muito forte. Torci meu pé direito e só estou falando porque venci para não parecer desculpa. Virei meu pé no meio da luta e não sei como não quebrou. Perdi muito a mobilidade e tive que manter a calma. Meu adversário estava cansado, mas eu não tinha perna para persegui-lo".
Por fim, Maldonado mostrou mais uma vez toda a sua sinceridade característica ao fazer uma autoavaliação. Admitindo suas fraquezas, o 'Caipira de Aço' afirmou, enquanto aguardava a conexão de seu voo em Dubai, que se considera melhor pugilista do que atleta de MMA, além de afirmar que não tem facilidade em aprender e assimilar novas técnicas de combate.
"Pode me chamar um dia antes da luta, se tiver condições boas e eu estiver bem para lutar, eu luto. Hoje em dia tem o atleta, e eu sou também, porque tenho 37 anos e preciso cuidar da saúde. Mas sou lutador e topo qualquer parada. Não sei falar o que sou melhor, mas talvez o boxe. Nas duas áreas eu tenho muitos defeitos. Se deixar, eu pulo duas horas de corda, mas eu não consigo cruzar a corda. A minha coordenação motora não é tão boa. Nunca fui um atleta que aprendi rápido. Eu sempre ganhei as coisas na persistência. Sou ruim para contra golpear, mas busco o jogo e a troca de golpes", analisou o atleta que, após seu último triunfo no MMA, desafiou o campeão mundial de boxe Denis Lebedev para um duelo na nobre arte.
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