Lyoto minimiza rivalidade no esporte e pede profissionalismo dos lutadores
Praticante de caratê desde os três anos de idade e com mais de 15 anos dedicados ao MMA profissional, Lyoto Machida já passou por quase tudo dentro das artes marciais. Com toda a sua experiência, o "Dragão" sabe que a rivalidade faz parte do esporte - principalmente em uma modalidade de combate. No entanto, para o brasileiro, chegou o momento das rixas serem colocadas de lado entre os lutadores. Afinal de contas, apesar de serem rivais dentro do cage, todos fazem parte da mesma "comunidade".
Durante uma conversa com jornalistas em media day realizado nessa quinta-feira (10), Lyoto falou sobre a rivalidade no esporte e deixou claro que, na sua opinião, os lutadores tem que saber lidar com tudo de forma profissional, sem deixar questões pessoais tomarem conta da situação. O Dragão lembrou que, todos os atletas que eram seus rivais nos campeonatos de caratê, hoje em dia são seus amigos e companheiros que, juntos, buscam melhorar o esporte.
"Ainda existe esse padrão dentro do esporte, ainda é um pouco, mas acho que o esporte está chegando em um patamar que não tem mais espaço para essas coisas. A gente é profissional, eu vi isso dentro do caratê, do jiu-jitsu que tinha essa rivalidade, hoje parou um pouco. Eu parei de competir no caratê e as pessoas que competiram comigo continuam no meu círculo, seja por uma causa, estamos juntos por uma mesma comunidade, uma mesma federação. Esse é o objetivo, não pode existir isso de levar para o lado pessoal. Tem que lidar pelo lado profissional mesmo, igual ao futebol, golfe, surfe e outros esportes também, apesar de ser um esporte de contato", apontou.
Escalado para enfrentar Vitor Belfort no UFC 224, evento que será realizado no próximo sábado (12) no Rio de Janeiro, Lyoto fará a sua terceira apresentação seguida no Brasil. E o carateca festejou a oportunidade de lutar em casa além de garantir que está a disposição do Ultimate para todos os eventos realizado em seu país.
"Eu já falei para o UFC que toda vez que ele estiver no Brasil, gostaria de ter uma oportunidade. Então, essa é minha terceira luta consecutiva no Brasil. O que é legal, poder lutar no Brasil, junto com o seu público, curto muito isso. Sinto uma energia diferente. Acredito que as coisas são diferentes quando luto aqui", declarou.
Ao ser perguntado sobre o que espera do combate contra Belfort, Lyoto ponderou que o estilo de luta dos dois torna o resultado do confronto uma verdadeira caixa de surpresas: "É muito difícil prever, uma luta dessa é muito difícil prever. Tanto o Vitor quanto eu, a gente procura o momento certo para poder atacar, se defender, fazer o que tem que ser feito, então tudo pode acontecer, pode ser uma luta meio longa, mas pode ser uma luta mais curta, que se resolva mais rápido".
Ex-campeão meio-pesado (93 kg) do UFC, Lyoto desceu para a divisão dos pesos-médio (84 kg) em 2013. Após perder três combates seguidos, o brasileiro voltou a vencer um duelo em fevereiro passado. Aos 39 anos de idade, o Dragão coleciona na carreira um cartel com 23 vitórias e oito derrotas.
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