Ex-campeã prevê que lutadores do UFC pedirão aumento após acordo bilionário com a ESPN
O acordo bilionário entre UFC e ESPN ainda dá o que falar. Com 300 milhões de dólares por ano previstos para as próximas cinco temporadas, totalizando 1,5 bilhão de dólares (cerca de R$ 5.5 bilhões), os cofres do evento parecem mais cheios do que nunca, o que deve motivar atletas a pedirem por maiores salários.
Ao menos é o que prevê Miesha Tate, ex-campeã dos pesos-galos (61 kg) do UFC. Em conversa durante seu programa 'MMA Tonight', na radio SiriusXM Rush, a ex-lutadora analisou a atual situação dos atletas e, a julgar pela dedicação deles, afirmou que todos têm o direito de exigirem melhores condições salariais.
"Com certeza terá mais dinheiro girando no UFC com esse acordo, e isso tem que chegar aos lutadores, certo? É de conhecimento público. Sei que no passado o UFC fez segredo sobre o quanto eles geravam e tinha uma especulação sobre o quanto ia de fato para os lutadores e o quanto custa ter um negócio como esse, mas agora é transparente. Acho que isso vai motivar alguns lutadores: 'Hey, espere um pouco, esses números não batem'", afirmou prevendo negociações mais difíceis entre evento e lutadores.
"Posso imaginar que vai acabar com lutadores querendo mais dinheiro, merecendo mais dinheiro. Sem os lutadores, o UFC não faria esses acordos. Lutadores são os trabalhadores. Lutadores são os que fazem isso acontecer, eles fazem o entretenimento, e eles merecem ser recompensados. é uma carreira curta e difícil para o seu corpo, então faz sentido perdi uma compensação", finalizou.
Caso, de fato, os novos valores motivem atletas a renegociarem os "seus valores" junto ao evento, é de se esperar um novo rumo ao esporte. Com cada vez mais visibilidade ao MMA, mais atletas em ação e mais eventos disponíveis, os moldes do boxe, que incluem pagamentos aos lutadores entre 40% e 50% de todo o montante arrecadado (contra cerca de 20% do UFC), devem se tornar uma nova meta.
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