Treinador de Jon Jones abre portas para revanche com Dominick Reyes
O resultado da luta principal do UFC 247 gerou polêmica. No entanto, assim como Jon Jones, seu técnico também está convicto de que o campeão fez o necessário para defender seu reinado nos meio-pesados (93 kg) e sair com o braço erguido da arena em Houston (EUA), no último sábado (8).
Apesar de reconhecer as credenciais de Dominick Reyes e também que o confronto foi parelho, Mike Winkeljohn pontuou três rounds favoráveis a 'Bones'.
Em entrevista ao site 'MMA Fighting', o responsável por afiar as habilidades de Jones admitiu que em certo momento do confronto - quando o campeão foi ao chão após sofrer um golpe - temeu pelo cinturão do americano. No entanto, na visão de Mike, a durabilidade e o preparo físico de Jon foram cruciais para sacramentar o triunfo diante do habilidoso desafiante.
"Perdemos o primeiro round. Acho que no segundo round nos recuperamos. O terceiro, podemos não ter ganho este também. Honestamente, marquei (os rounds) 2,4 e 5 a nosso favor. Mas acho que o segundo e o terceiro foram bem parelhos. Nunca se sabe com esses juízes", disse.
"Dizia para o Jon manter a pressão, porque estava funcionando. Continuar trabalhando o corpo, atacado as pernas para 'quebrar' aquele cara. Claro que queria algumas quedas também, mas o Dominick é um atleta incrível, ele é muito bom no que faz. Queria que Jon acabasse com o gás dele porque ele (Jones) é conhecido por sua durabilidade, e acredito que isso funcionou bem", analisou Winkeljohn, antes de admitir.
"Não vou mentir, quando ele acertou o Jon com o soco que o derrubou, eu fiquei tipo: 'Que m***'. Realmente achei que ele tinha acertado o queixo, porque minha visão estava coberta. Claro que depois vi que não tinha sido o caso, mas ele (Reyes) veio com tudo. Ele jovem tem um futuro brilhante pela frente", completou o técnico.
Até por conta do equilíbrio do confronto, Winkeljonh deixou em aberto a possibilidade de os dois atletas medirem forças novamente no futuro. De acordo com o treinador de Jones, seu pupilo gosta de competir em revanches para aparar as brechas deixadas nos primeiros embates - assim como fez diante de Alexander Gustafsson.
"Não há dúvidas quanto a isso (revanche). Jon gosta de revanches, ele é um estudioso do jogo. Nós pensaríamos todos juntos, mas no final das contas o Jon senta e diz: 'Isso não foi nada bom, e é disso que ele é capaz', e consegue se motivar ainda mais. Assim como contra o Gustafsson, que (na revanche) a performance dele foi totalmente diferente. Não é que ele pegou leve com ninguém na primeira vez, mas ele é tão esperto em fazer esses ajustes necessários. E nós, como time, tentamos ajudá-lo com isso", concluiu Mike.
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