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Cyborg critica valor pago pelo UFC a Amanda: 'Merece R$ 5 milhões por luta'

Amanda Nunes com os cinturões do UFC no peso-pena e peso-galo - Jeff Bottari/Zuffa LLC
Amanda Nunes com os cinturões do UFC no peso-pena e peso-galo Imagem: Jeff Bottari/Zuffa LLC

Ag. Fight

08/06/2020 13h26

Talvez o principal tópico de discussão no mundo do MMA nas últimas semanas, a remuneração financeira paga pelo UFC aos seus atletas, considerada abaixo do ideal por muitos, foi alvo de repercussão novamente após a edição 250, realizada no último sábado (6), em Las Vegas (EUA). Ao tomar ciência do valor recebido por Amanda Nunes pela vitória sobre Felicia Spencer na luta principal do evento, Cris 'Cyborg' - ex-campeã peso-pena (66 kg) do UFC e atual detentora do cinturão da categoria no Bellator - utilizou sua conta no 'Twitter' para ressaltar que a compatriota deveria ter um salário maior.

Apesar de ter sido a atleta mais bem paga do card do UFC 250, levando para casa 500 mil dólares (cerca de R$ 2,4 milhões), Amanda ainda ficou longe dos salários milionários recebidos por estrelas de outros esportes, como o boxe profissional, crítica recorrente feita por alguns dos principais atletas do MMA nos últimos dias. Mesmo tendo sido destronada pela baiana na categoria até 66 kg do Ultimate, 'Cyborg' demonstrou apoio à rival e afirmou que ela deveria embolsar um milhão de dólares (em torno de R$ 4,9 milhões) por cada apresentação.

"(Amanda) Nunes merece receber um milhão (de dólares) em cada luta. Espero que com a compensação total ela esteja recebendo isso", escreveu 'Cyborg'.

Atual campeã peso-galo (61 kg) e peso-pena do UFC, Amanda Nunes é considerada por muitos como a maior lutadora do MMA feminino de todos os tempos, especialmente após ter nocauteado Cris 'Cyborg' em dezembro de 2018, para conquistar o título da divisão até 66 kg. No último sábado, a baiana entrou para a história como a primeira atleta, independente do gênero, a defender com sucesso dois cinturões de categorias de peso diferentes, enquanto está com a posse de ambos simultaneamente.

A reclamação sobre salários abaixo do ideal tem escalado nos últimos dias, tendo como principais representantes do protesto Jon Jones e Jorge Masvidal. O campeão peso-meio-pesado (93 kg) já ameaçou abandonar o cinturão e se afastar do esporte enquanto não for mais bem recompensado pela organização. Já o meio-médio (77 kg), tido como próximo desafiante da categoria, chegou a pedir para ser liberado de seu contrato para buscar um acordo financeiro mais vantajoso para ele em outra companhia.