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Antônio 'Pezão' explica saída da 'ATT' e revela sonho de abrir academia

Antonio "Pezão" no octógono - Bradley Kanaris/Getty Images
Antonio "Pezão" no octógono Imagem: Bradley Kanaris/Getty Images

Carlos Antunes, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

05/08/2020 07h00

Com seu retorno ao MMA confirmado para o dia 30 de outubro, no "Taura MMA", Antônio Pezão vai fazer sua preparação para o evento em um local diferente dos últimos anos. Se antes o peso-pesado era figura marcante da equipe American Top Team, agora ele não será visto no time que tem sede no estado americano da Flórida. Atualmente em Natal (RN), o ex-lutador do UFC revelou que deve continuar no Brasil nos próximos meses e colocou como incerta sua volta aos Estados Unidos.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, "Pezão" contou o motivo que o fez deixar sua "casa" por 11 anos de carreira. O lutador afirmou que, por estar em processo de adoção de uma criança no Brasil, não tem ideia de quando vai retornar aos Estados Unidos. Com isso, ele adiantou que planeja fazer seu camp para encarar Brett Martin na "Pitbull Brothers", em Natal, ou na "RKT", em Brasília (DF), até resolver essas pendências.

"Não estou na 'ATT' porque vim ao Brasil para resolver um caso de adoção e não posso me ausentar. Não tem como estar lá e aqui até eu definir essa situação de Justiça, que demora muito aqui no Brasil. Então não tenho data para voltar, mas espero retornar porque eu fiquei por 11 anos lá, tenho bons amigos e estava lá há um tempo. Quando resolver esse caso no Brasil, espero voltar", afirmou o lutador.

Além de estar longe da American Top Team, "Pezão" também rompeu com uma longa parceria - o ex-desafiante ao cinturão do peso-pesado do Ultimate não trabalha mais com o empresário Alex Davis. O lutador não entrou em detalhes do motivo da separação e agradeceu ao agente pelo tempo que passaram juntos.

"Com o Alex, vivemos bons momentos juntos, só tenho a agradecer e sou grato por tudo que aconteceu com ele. Tudo tem começo, meio e fim. Quando o atleta está bem, todo mundo quer estar ao lado, bater no ombro, estar perto. Quando não acontece, muitos se afastam. Sou muito grato a ele por tudo que aconteceu na nossa vida. Temos boas coisas para relembrar e dar boas risadas. Valeu a pena enquanto durou", explicou.

Um dos motivos para acreditar que o tempo de "Pezão" na American Top Team se encerrou é seu desejo de abrir uma própria academia, talvez até mesmo nos Estados Unidos. O peso-pesado afirmou que conseguiu reunir economias para investir em um negócio próprio após o término de sua carreira.

"Poderia ter sido bem maior, lógico (dinheiro guardado). Quando se é novo e tudo vem muito rápido, não seguramos tanto. Queria eu ter a cabeça de hoje há dez anos. Mas tenho um 'pé de meia' que dá. Não é para ser rico, mas para viver bem, uma vida digna. Por isso, penso em abrir a academia quando voltar a morar nos Estados Unidos e não tenho uma data certa. A ideia era fazer isso lá, ma se demorar muito vou ter que fazer no Brasil e passar tudo que aprendi a vida toda. Isso que e mais quero", completou.