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Treinador cita o diferencial de 'Bate-Estaca' para vencer Valentina

Jessica Bate-Estaca na luta contra Katlyn Chookagian - Josh Hedges/Zuffa LLC via Getty Images
Jessica Bate-Estaca na luta contra Katlyn Chookagian Imagem: Josh Hedges/Zuffa LLC via Getty Images

Carlos Antunes, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

24/04/2021 06h30

Depois de praticamente dois anos, Jéssica 'Bate-Estaca' está novamente na posição de desafiante ao título do UFC, embora seja a grande zebra para seu próximo desafio. Se em 2019 a brasileira chocou o mundo ao destronar Rose Namajunas e faturar o cinturão do peso-palha (52 kg), agora ela pode repetir o feito com o grau de dificuldade ainda maior. No UFC 261, neste sábado (24), a lutadora mede forças diante de Valentina Shevchenko, qcampeã peso-mosca (57 que segue invicta na categoria.

Quem tratou de comparar os dois cenários foi Gilliard 'Paraná', treinador principal de 'Bate-Estaca' na equipe 'PRVT'. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o profissional fez questão de exaltar o histórico e a importância de Valentina dentro da organização para justificar seu pensamento. De acordo com o técnico, caso a brasileira supere a adversária e fique com o cinturão, este feito será maior do que quando ela nocauteou Namajunas.

"Essa vitória ia chocar o mundo, com certeza. A Rose era uma atleta boa, uma menina que tem um bom trabalho, mas a Valentina, sem dúvida, é uma das melhores de todos os tempos. Uma vitória ia chocar muita gente e dar bastante visibilidade (para a Jéssica). Acho também que a lutadora mais difícil que vamos pegar na carreira. Acho que (com essa vitória) ela faria mais história do que já vem fazendo no UFC", afirmou.

Mas para impressionar o mundo, Jéssica vai ter uma missão que só uma atleta conseguiu no UFC. Durante seis anos de Ultimate, Valentina foi superada apenas por Amanda Nunes, em dois confrontos realizados no peso-galo (61 kg). Desde que desceu de divisão para atuar na até 57 kg, a lutadora venceu todas suas adversárias e acumula quatro defesas de cinturão. Por isso, a pergunta é: 'O que 'Bate-Estaca' poderia trazer de novo para destronar a rival?'.

"O diferencial da Jéssica para as outras da categoria é a explosão, a força, o chão muito bom. A capacidade de lutar cinco rounds do mesmo jeito. Jogo encaixa bem para ganhar da Valentina. Vejo ela como uma das poucas para ganhar da Valentina. A gente analisou muito a luta da Valentina com a Jennifer Maia e vimos algumas brechas", analisou.

Com a experiência de já ter lutado duas vezes pelo cinturão do Ultimate, 'Bate-Estaca' já provou que rende bem diante de pressão, característica lapidade com o passar dos anos dentro da franquia. Portanto, Giliarde rechaçou que a lutadora possa não render o esperado ao entrar no octógono como grande zebra da noite.

"A cabeça dela sempre foi muito boa. A única que vez que ela 'bugou' foi lá na China, porque tinha muita responsabilidade, era dona do cinturão. Haters tinham falado muita besteira na internet e ela acabou se abalando um pouco. Mas acho que (a cabeça) dela está igual quando foi com a Rose, no Rio. Ela está confiante e com muita fome para vencer", contou.

Após perder o cinturão peso-palha para a chinesa Zhang Weili, em agosto de 2019, e ser superada na revanche contra Rose Namajunas na sequência, Jéssica 'Bate-Estaca' decidiu se testar entre as atletas do peso-mosca. Logo na sua estreia na categoria, a brasileira venceu a então número um do ranking e ex-desafiante ao título, Katlyn Chookagian, com uma apresentação convincente que lhe garantiu o 'title shot'