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Vitor Belfort explica dificuldade para voltar a lutar MMA e enaltece o boxe

Vitor Belfort (à direita) postou vídeo de treino com o nigeriano Israel Adesannya - Reprodução/Instgram
Vitor Belfort (à direita) postou vídeo de treino com o nigeriano Israel Adesannya Imagem: Reprodução/Instgram

Ag. Fight

Ag. Fight

27/08/2021 18h09

Vitor Belfort, de 44 anos, deu uma entrevista corajosa ao site MMA Junkie e criticou muito a organização das competições da modalidade, ressaltando que o esporte não está 'se adaptando' e que é um 'esporte para jovens':

"Parece que eu não voltarei ao MMA. Não está mudando ou se adaptando ao que acho que deveria. As regras não existem para nós. Não está se adaptando de uma forma segura para os lutadores. Os lutadores têm uma carreira curta e, quanto mais violento, mais curta fica. É melhor para os promotores, não tão bom para os lutadores. Até Dana (White) disse isso, que é um esporte para jovens. Vou lutar contra qualquer campeão de MMA e posso vencê-los em uma luta de boxe. O MMA é bom apenas para pessoas na casa dos 20 anos".

Belfort está sem lutar oficialmente desde 2018, quando atuou pela última vez no UFC, mas já assinou um contrato com a organização de boxe Triller Fight Club e já tem uma luta marcada contra Oscar De La Hoya, que é um ícone do boxe, em setembro nos Estados Unidos.

Além de praticamente fechar as portas para o MMA, Vitor Belfort já desafiou a lenda Evander Holyfield para uma luta e os irmãos Jake e Logan Paul também.

O lutador brasileiro, enumerou os pontos positivos do boxe, ressaltando que a bolsa para o atleta é vantajosa, além de ser uma modalidade mais organizada e segura para os lutadores em relação ao MMA.

Vitor Belfort também disse que o boxe, ao contrário do MMA, valoriza atletas mais velhos e experientes:

"Quando você fica mais velho, é muito difícil para seu corpo, é difícil permanecer relevante por tanto tempo, porque as regras nunca foram revisadas. Os lutadores não estão envolvidos. Não temos sindicato. Temos que mudar isso para o futuro. O MMA nunca será um esporte olímpico do jeito que é. No boxe, não há muito sangue. Queremos ter a família envolvida. Não é violento no sentido de que os atletas ficam sete meses fora por problemas no ligamento, porque alguém atacou o joelho. As pessoas querem ver nocaute. O boxe é uma arte", concluiu.

Além das lutas com Holyfield e os irmãos Paul, a imprensa especializada especula que Vitor Belfort pode reencontrar Anderson Silva, dessa vez nos ringues de boxe e em breve.