Cejudo vincula aposentadoria de Dillashaw com rotina de testes da USADA: "É irritante"

No início desta semana, a notícia da aposentadoria de TJ Dillashaw pegou o mundo dos esportes de combate de surpresa. O motivo da decisão teria sido, de acordo com o empresário do atleta, a gravidade da lesão em seu ombro e, consequentemente, o árduo processo de recuperação para o já veterano americano. No entanto, Henry Cejudo, um dos poucos algozes do ex-campeão peso-galo (61 kg) do UFC na carreira, tem uma teoria diferente.

Através de seu canal no Youtube, 'Triple C' admitiu que, de fato, Dillashaw deve passar por um processo extenso de recuperação de sua lesão. No entanto, ao menos na visão de Cejudo, não foi essa a principal causa que motivou o lutador a pendurar as luvas. De acordo com o wrestler olímpico, TJ se retirou do esporte para não ter que lidar com as frequentes visitas da USADA (agência antidoping americana), já que está lesionado e fora de competição.

"Será que o TJ Dillashaw realmente se aposentou? A primeira coisa que me veio à mente foi - mas não acho que ele seja estúpido a esse ponto -, talvez ele foi flagrado de novo (doping). Não acho que seja o caso. Acho que o TJ passará por outra cirurgia e não acho que ele queira a USADA batendo na sua porta toda semana. Pessoal, é irritante. Por mais que ame a USADA, são testes demais. Requer tempo e esforço distante da família. Então, automaticamente, quando vi que o Dillashaw está se aposentando, pensei que era algo para tirá-lo dessa posição e não ser mais testado pela USADA", opinou Cejudo.

O episódio mais delicado da carreira de Dillashaw, inclusive, ocorreu quando ele tentou descer de categoria para enfrentar justamente Cejudo. Na ocasião, em 2019, 'Triple C' nocauteou no primeiro assalto e TJ foi flagrado pela USADA em teste pós-luta para o uso de 'eritropoietina' (EPO) , substância proibida pelo órgão.

TJ sofreu um gancho de dois anos afastado do MMA. Talvez até por conta de seu histórico, o lutador desponta como o segundo atleta mais testado pela USADA na história do UFC, com 92 visitas do órgão - atrás somente do brasileiro Paulo Borrachinha, que lidera a lista com 97 testagens.