Hall da Fama do UFC se posiciona contra atletas trans no esporte: "Nojento"

Bastante debatido nos últimos tempos, a participação de atletas transsexuais em competições esportivas ainda divide opiniões. Enquanto muitos defendem o direito das pessoas que fizeram a transição sexual de competirem dentro do gênero que se identificam, outros se mostram contrários e alegam que tal cenário poderia trazer injustiça em algumas disputas - especialmente envolvendo torneios femininos. E apesar de se tratar de um tema delicado e que ainda gera muita polêmica, uma das figuras mais importantes na história do MMA decidiu se posicionar.

Ao ser questionado sobre o assunto durante sua participação no podcast 'This Past Weekend with Theo Von', Georges St-Pierre afirmou que é contra a participação de atletas transsexuais no esporte, principalmente no mundo das lutas. Preocupado com a integridade física das mulheres cis - ou seja, pessoas cuja identidade de gênero corresponde ao sexo biológico -, o Hall da Fama do UFC foi além e sugeriu a criação de uma divisão esportiva que seja exclusiva para transsexuais.

"Quando você nasce homem, muda de sexo e depois compete como uma mulher, isso eu acho nojento. Isso eu não tenho medo de dizer e defender porque eu amo as mulheres e eu acho que elas precisam ser protegidas, especialmente nos esportes de combate. Eu não concordo com isso. Eu quero que todo mundo tenha direitos iguais. Mas eu acho que eles deviam ter sua própria categoria. Isso seria justo. Nós somos diferentes. Eu vou mudar de sexo e competir no UFC, vou voltar na divisão feminina. O que você acha que vai acontecer? Não é justo", opinou 'GSP'.

Tema no mundo das lutas

Por ser um tema recente e considerado tabu, poucas personalidades do mundo das lutas se posicionam sobre o assunto. Algumas entidades desportivas, porém, atentas a tendência, já atualizam suas regras para abranger a temática de maneiras diferentes. No ramo da luta agarrada, a IBJJF (International Brazilian Jiu-Jitsu Federation), responsável por promover os principais torneios de jiu-jitsu do mundo, e o ADCC, torneio de grappling mais tradicional do planeta, implementaram novas diretrizes, como a política para a participação de atletas transgêneros nas competições. As entidades exigem que os atletas respeitem o seu gênero biológico na hora de se inscreverem e competirem nos seus torneios. Já no boxe, órgãos importantes como a WBC vislumbram a criação de categorias exclusivas para atletas transgêneros.

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