O que é demência pugilística, doença que afetou Maguila em seus últimos anos de vida

O ex-pugilista Maguila faleceu em São Paulo, aos 66 anos, nesta quinta-feira (24), em decorrência de encefalopatia traumática crônica (ECT), popularmente conhecida como demência pugilística. Mas o que é exatamente esta doença, que afetou o peso-pesado brasileiro e tantos outros lendários boxeadores ao longo dos anos?

Com sintomas similares ao do Alzheimer, a encefalopatia traumática crônica afeta normalmente atletas que competem em esportes de contato. A modalidade talvez mais acometida pela doença seja o boxe e, daí, veio seu nome popular: demência pugilística. O 'ECT' é uma doença neurodegenerativa evolutiva e incurável que tem relação direta com os incontáveis golpes e impactos sofridos na cabeça e no crânio ao longo da carreira de atletas.

Quais são os sintomas?

Sem possibilidade de cura ou reversão do quadro, a demência pugilística traz uma série de sintomas preocupantes, como: alterações cognitivas, dificuldade de memória, confusão mental, dificuldade de organização dificuldade para produzir a fala, descoordenação motora, alterações de humor, como depressão e irritabilidade, mudanças de comportamento, como impulsividade e explosividade, tonturas e dores de cabeça crônicas, dentre outros. Na reta final de sua vida, Maguila apresentava alguns dos sintomas.

O tratamento para a doença envolve, sobretudo, medidas de segurança e apoio, além de medicamentos e aconselhamento psicológico. Outro ponto importante é criar um ambiente confortável para a pessoa acometida pela encefalopatia traumática crônica. Até por conta disso, Maguila passou a morar em uma clínica, localizada em Itu, desde 2017, para ser melhor avaliado. O peso-pesado brasileiro foi diagnosticado com demência pugilística em 2013.

Outras lendas do boxe afetadas pela doença

Maguila não foi o primeiro e provavelmente não será o último boxeador a sofrer com a chamada demência pugilística. Mundo afora, atletas da modalidade sofrem com a doença neurodegenerativa após concluírem suas respectivas carreiras. E os ícones dos ringues também estão inclusos na lista. E dois exemplos disso são os lendários Muhammad Ali e Éder Jofre, campeões mundiais e membros do Hall da Fama da nobre arte, que também sofreram com a encefalopatia traumática crônica em seus últimos anos de vida.

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