Ariane Lipski minimiza ameaça de lutar em território hostil e promete dar show no UFC

Neste sábado (2), Ariane Lipski tem um desafio e tanto no UFC. A brasileira vai até o Canadá enfrentar Jasmine Jasudavicius, atleta da casa, em luta válida pelo peso-mosca (57 kg). Contudo, se engana quem pensa que a atleta se sente intimidada por ter praticamente todo o público da arena 'Rogers Place' como inimigo na hora do combate.

Pelo contrário, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Ariane abraçou o desafio, minimizando a ameaça de competir no UFC em território hostil. E a postura fria da brasileira se explica. Antes de integrar a organização, a atleta se destacou no KSW e, em 2015, chegou a enfrentar uma polonesa diante dos fãs locais. Na ocasião, Lipski frustrou a torcida ao nocautear a lutadora da casa.

Com tal experiência na bagagem, Ariane mostrou confiança de que pode ter novamente sucesso lutando como 'visitante'. Inclusive, a brasileira até comemorou o fato do evento deste sábado ter a presença do público. De acordo com a atleta, seu desempenho é melhor em grandes palcos e com a torcida presente. Portanto, com tal motivação, a brasileira, visando se recuperar no UFC, prometeu dar show na luta.

"Já tive essa experiência. Minha primeira luta internacional foi na Polônia contra uma polonesa. É isso, a gente tem que enfrentar os desafios, mas, fechou o cage, sou eu e ela. A torcida pode fazer o que quiser. Chegou ali, é colocar a estratégia e é porrada. Acho que o Apex é um pouco frio. Tem atleta que vai melhor, mas sou uma atleta que vai para cima, então, ter o público, mesmo que seja adversário, o clima, é diferente. A gente se adapta, aceita. Não tem essa opção de escolher onde vai lutar. No UFC, ele dá a oportunidade e você tem que aceitar. Por isso fiquei feliz de poder lutar em um evento aberto. Acredito que isso vai com certeza ajudar na minha performance", declarou Ariane.

Adversária aprovada

Em sua última luta no UFC, realizada em abril, Ariane viu sua sequência de três vitórias chegar ao fim ao perder por pontos para Karine Silva. Justamente por isso, a brasileira não fez exigências em relação ao próximo compromisso. Vale pontuar que, mesmo com o revés, a atleta segue no top-15 do peso-mosca da empresa, na 13ª posição.

Logo, como a canadense vem embalada por duas vitórias e é a número 14 da categoria, Ariane topou o desafio também pelo fato dela ser uma lutadora relevante. É bem verdade que Jasudavicius é conhecida por apostar no jogo físico e no grappling, mas tais características não assustam a brasileira. Tanto que a striker garantiu estar bem preparada para a luta e adiantou que o foco será colocar a trocação em prática.

"Imaginei que ela seria uma possível adversária e gostei da oportunidade de lutar com ela. O jogo casa muito com o meu estilo, por isso aceitei essa luta. Fiz um camp grande, de dez, onze semanas, então foi muito boa essa oferta. A luta agrada, porque ela é grappler, quer a luta agarrada, como a maioria das minhas adversárias, mas ela não é aquela atleta que fica correndo, se escondendo. Ela vem para cima, para a trocação. Acredito que é aí que meu jogo casa ainda mais, porque trabalho muito bem na parte da trocação. Acredito que será uma luta muito boa de assistir", concluiu a brasileira.

Registro de Ariane no MMA

Ariane Lipski, de 30 anos, iniciou sua trajetória no MMA em 2013 e estreou no UFC em 2019. Antes de integrar a companhia, a brasileira se destacou no KSW. Ao longo dos anos, a atleta construiu um cartel composto por 17 vitórias e nove derrotas. Seus principais triunfos foram sobre Casey O'Neill e Melissa Gatto.

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