Hamilton desmente chefe da Red Bull e diz que nunca conversou com equipe sobre transferência

Lewis Hamilton, heptacampeão mundial da Fórmula 1, acertou em agosto deste ano sua renovação contratual com a Mercedes, até dezembro de 2025. Mesmo assim, com a novela sobre sua extensão de vínculo com a construtora encerrada, os rumores sobre o futuro de sua carreira continuam em alta. Nesta quinta-feira, 23, às vésperas do GP de Abu Dhabi, última etapa da categoria, Hamilton desmentiu o chefe da Red Bull Racing, Christian Horner, e afirmou que nunca procurou a equipe austríaca sobre uma possível transferência.

"Não sei de onde saiu essa história. Na verdade, veio de Christian (Horner), mas não entendo o que ele está falando porque ninguém da minha equipe falou com ele, não falo com Christian há anos. Na verdade, ele veio pedir para nos encontrarmos há algum tempo, este ano, mas foi isso", afirmou Hamilton à Skysports. "Eu o parabenizei por um ano incrível, disse que eu esperava em breve voltar a competir com eles. Acho que ele só está tentando agitar as coisas. Você conhece Christian, ele ama esse tipo de coisa."

Horner afirmou ao Daily Mail que foi contatado por empresários do piloto, que estaria interessado sobre uma possível transferência para a equipe austríaca. O chefe da RBR também disse, à época, que o mesmo ocorreu com a Ferrari. Em maio, a escuderia italiana teria oferecido 40 milhões de libras (cerca de R$ 250 milhões) para contar com o piloto britânico. "Naturalmente, quando estamos negociando um novo contrato, sempre haverá especulações", afirmou o heptacampeão mundial. "A não ser que vocês escutem de mim, será apenas isso (rumores)", negou Hamilton à época.

Horner defendeu que houveram sondagens sobre uma possível ida de Hamilton para a RBR. "Tivemos muitas conversas nos últimos anos sobre Lewis se juntar a nós. Eles me procuraram algumas vezes. Mais recentemente, nesse ano, houve uma sondagem sobre algum interesse. Ele também encontrou John Elkann (presidente da Ferrari), acho que tiveram conversas bem sérias. Foi por volta do GP de Mônaco. Mas eu não vejo Max e Lewis trabalhando juntos. A dinâmica não funcionaria. Estamos 100% felizes com o que temos", afirmou.

RENOVAÇÃO DE HAMILTON

Mercedes e Hamilton davam a entender que o conteúdo principal do contrato já estava acertado entre as partes nas últimas semanas. Mas as negociações ainda avançavam sobre detalhes do vínculo, principalmente sobre a rotina do piloto junto à equipe. O inglês já demonstrou diversas vezes que está cansado do dia a dia da Fórmula 1.

O novo contrato faz Hamilton bater mais um recorde na categoria. Com o acerto, ele disputará 13 temporadas da F-1 com a Mercedes. O inglês, se seguir na equipe até o fim do seu vínculo, se tornará o piloto que mais tempo permaneceu em um mesmo time. O recorde pertencia ao alemão Michael Schumacher, que piloto pela Ferrari ao longo de 11 temporadas (1996-2006).

"Nossa parceria com Lewis é uma das mais bem-sucedidas na história do esporte. Era apenas uma questão de formalidade para seguirmos juntos. E é energizante para nós podermos confirmar o novo contrato publicamente. Suas qualidades como legítimo piloto de corridas são ilustradas pelos seus incríveis recordes. Mas, ao longo dos anos juntos, ele cresceu e se tornou um pilar e um líder do nosso time", disse Toto Wolff.