Expulsão freia reação do Cruzeiro e ajuda São Paulo a confirmar vitória para entrar no G-4

O São Paulo abriu o placar cedo neste domingo, no MorumBis, com Lucas, e depois passou boa parte do primeiro tempo levando sufoco do Cruzeiro. Suportou a pressão e, perto do intervalo, viu o cruzeirense Marlon ser expulso por entrada violenta em Calleri, o que deu mais tranquilidade para o time de Luís Zubeldía construir um triunfo por 2 a 0 durante o segundo tempo da partida válida pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.

Invicta sob o comando de treinador argentino, agora há dez jogos sem perder, a equipe são-paulina derrubou a série de cinco vitórias até então sustentada pelos cruzeirenses e entrou no G-4, em quarto lugar, com 13 pontos, acima do Athletico-PR por vantagem de 6 a 5 no saldo de gols. O Cruzeiro fica em nono lugar, com dez.

Sem Luciano, suspenso, Lucas ganhou a oportunidade de sair da ponta para jogar no meio e correspondeu. Muito à vontade no corredor central, utilizou-se bem do setor para fazer fila e bater da meia-lua, ainda aos cinco minutos, no lance que inaugurou o marcador do MorumBis. Abrir o placar tão cedo, contudo, pareceu não fazer tão bem ao São Paulo, que a partir dali se viu acuado por um Cruzeiro que marcava no campo de ataque, roubava bolas, trocava passes ágeis e perturbava Rafael.

O ponto chave da articulação cruzeirense estava na figura do voluntarioso atacante argentino Barreal, dedicado ao pressionar a saída de bola e rápido para criar lances de perigo pelo lado esquerdo. Foi por ali que ele gerou boas finalizações de Matheus Pereira, que parou em Rafael, e Lucas Sila, que chutou para fora, além de ter visto um de seus cruzamentos desviar em Arboleda e tocar a trave são-paulina.

A sensação é que o empate poderia sair a qualquer momento, mas Marlon colocou tudo a perder ao dar um carrinho imprudente e atingir em cheio o tornozelo de Calleri. Em um primeiro momento, foi punido com cartão amarelo. A revisão do VAR, entretanto, determinou que o lateral-esquerdo fosse expulso. Com um a menos, o Cruzeiro continuou atacando até os minutos finais antes do intervalo, sem a mesma intensidade de antes, e foi mais ameaçado pelo time da casa, que passou a finalizar mais e teve uma bola na trave após chute de Juan.

No início do segundo tempo, o ímpeto ofensivo mineiro já parecia aniquilado, frente a um São Paulo que voltou do vestiário com três alterações, a principal delas a entrada de Luiz Gustavo no lugar de Bobadilla para ter mais controle no meio de campo. Também entraram João Moreira e Ferraresi, substitutos de Moreira e Arboleda.

A presença de Luiz Gustavo rendeu o resultado esperado e deu à equipe tricolor o domínio que se espera de um time com um homem a mais em campo. O São Paulo tocava a bola e empurrava o Cruzeiro para trás, como fez no lance do segundo gol, finalizado com um cruzamento de Welington e um cabeceio de Calleri para a rede.

Depois de a vantagem ser ampliada, a pressão continuou e o goleiro Anderson precisou fazer boas intervenções. A intensidade são-paulina não se manteve durante todo o tempo, até porque não foi necessária. Foram poucas as oportunidades geradas pelo Cruzeiro. Nos minutos finais, os tricolores voltaram a encontrar espaços e ficaram perto do terceiro gol, que não se concretizou.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 2 X 0 CRUZEIRO

SÃO PAULO - Rafael; João Moreira (Ferraresi), Arboleda (Diego Costa), Alan Franco e Welington; Bobadilla (Luiz Gustavo); Alisson, Rodrigo Nestor e Lucas Moura (Michel Araújo); Juan e Calleri (André Silva). Técnico: Luís Zubeldía.

CRUZEIRO - Anderson; Willian, Zé Ivaldo, João Marcelo e Marlon; Lucas Romero (Robert), Lucas Silva (João Pedro) e Matheus Pereira; Gabriel Veron (Ramiro), Rafa Silva (Kaiki Bruno) e Barreal (Vitinho). Técnico: Fernando Seabra.

GOLS - Lucas Moura, aos cinco minutos do primeiro tempo. Calleri, aos dois minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Lucas Paulo Torezin.

CARTÕES AMARELOS - Barreal, Kaiki Bruno, Alisson e Alan Franco.

CARTÃO VERMELHO - Marlon.

RENDA - R$ 2.560.112,00.

PÚBLICO - 44.928 torcedores.

LOCAL - MorumBis, em São Paulo.