Marcelo Teixeira pede união da torcida após ataque a ônibus do Santos
O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, publicou uma nota em que tenta justificar os últimos resultados ruins do clube. A publicação vem depois de o executivo de futebol, Alexandre Gallo, prometer reforços para o elenco, após ser questionado sobre o time, que perdeu por 3 a 1 diante do Novorizontino na sexta-feira. Após a derrota, já no percurso de volta para São Paulo, no entanto, a insatisfação da torcida resultou em um cerco ao ônibus do clube em uma rodovia.
Descontentes por mais um resultado negativo na Série B (foi o terceiro revés seguido), integrantes de uma torcida organizada bloquearam um trecho próximo a um pedágio com cones e outros objetos na altura da cidade de Araraquara. De acordo com informações da CNN, os manifestantes arremessaram pedras e entulhos contra o veículo, mas ninguém saiu ferido. A polícia foi acionada para liberar a rodovia que foi bloqueada durante o protesto.
Teixeira reiterou que dois grandes objetivos já foram alcançados: "a grande campanha no Campeonato Paulista e a conquista de uma vaga na Copa do Brasil de 2025". Ele defende que o clube não esperava "nadar de braçadas" na Série B. "Nós felizmente tínhamos consciência das dificuldades, asseguramos que estamos no caminho certo", defendeu.
"Reconhecemos que os torcedores esperavam mais que os resultados negativos dos últimos três jogos consecutivos, mas vamos reverter esse quadro com trabalho e dedicação. Nós sabemos das limitações e necessidades do clube e vamos superá-las. Um processo de reconstrução não se faz de um dia para outro, leva algum tempo", escreveu Marcelo Teixeira, no Instagram.
Classificação e jogos
Antes do protesto, ainda no vestiário, o diretor Alexandre Gallo havia sinalizado a necessidade da vinda de reforços. "É claro que temos um plano para a próxima janela, uma janela importante para que a gente melhore, qualifique a equipe como todos os grandes clubes do Brasil vão fazer", afirmou Gallo após a derrota. "O Santos não ficará de fora."
O executivo não citou nomes para evitar inflacionar o mercado. "Nós pensamos grande, em jogadores de alto rendimento para melhorar a equipe", afirmou Gallo, que acrescentou que o elenco à disposição do técnico Fábio Carille foi montado para ser um "diferencial" dentro da Série B.
Na análise do dirigente, o mau momento do Santos faz parte do esporte. "A partida que perdemos para o Botafogo nós comandamos o tempo todo. O que aconteceu foi futebol", afirmou ele. "Essas máximas acontecem no futebol. Agora é momento de equilíbrio", completou ele.
O presidente ainda evitou citar diretamente o episódio de torcedores com o ônibus do clube, mas pediu fé e união. Diferente de Gallo, ele não cita reforços para o elenco, porém, fala em superar limitações. "Um processo de reconstrução não se faz de um dia para outro, leva algum tempo. O momento é de fé e principalmente união para alcançar o próximo objetivo da temporada", conclui.
O Santos vem de três derrotas consecutivas na Série B. A equipe está em terceiro colocado, com 15 pontos e corre o risco de deixar o G-4 ainda nesta rodada. Em meio a esse ambiente pesado, o Santos volta a campo na sexta-feira, 14, quando enfrenta o Operário-PR, às 19h, em Ponta Grossa, pela décima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
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