CEO vê Corinthians com potencial para ser maior time do Brasil: 'Liderar o futebol'

Novo CEO do Corinthians, Fred Luz afirmou que o clube tem potencial para se tornar o maior time do Brasil. O dirigente afirmou que o cenário é melhor do que o encontrado no Flamengo em 2014, mas deixou claro que o início será "de sofrimento".

"Acredito que o Corinthians tem potencial para liderar o futebol brasileiro. Acredito que o cenário encontrado aqui é melhor do que encontrei no Flamengo. Sem querer ser ufanista, as possibilidades são reais, mas no começo é sofrimento", destacou Fred.

"Fui convencido a vir porque senti sinceridade nos olhos do presidente [Augusto Melo]. Isso me emociona e me motiva bastante", completou o novo CEO do clube.

Segundo Fred, o primeiro passo será mapear as lacunas de oportunidade do clube, incluindo contratos de patrocínio. Ele cita que o equilíbrio financeiro é necessário para não "drenar" o futebol financeiramente. "A cada dia que passa, o custo do endividamento não gera lucro para o clube. Precisamos trazer o Corinthians para uma situação receita/despesa que não fira o orçamento".

Esta é a primeira vez na história que o Corinthians institui o cargo de CEO. Contratado para desenvolver uma visão estratégica para o clube, Fred Luz exerceu a mesma função no Flamengo entre 2014 e 2018, período de austeridade fiscal em que os cariocas conseguiram diminuir a dívida em aproximadamente R$ 800 milhões antes da retomada no protagonismo por títulos e contratações de grandes jogadores.

Após a saída do Fla, Fred Luz ingressou na política e estava trabalhando na Alvarez & Marsal, empresa focada em processos de recuperação financeira e falência - apesar de sócio, ele garante que vai trabalhar exclusivamente para o clube. Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, foi consultado para o cargo de CEO anteriormente, mas declinou da oferta. A ideia é de que o CEO tenha autonomia em diferentes setores do Corinthians

A contratação de um CEO foi uma sugestão da Ernst & Young (EY), contratada pelo Corinthians no início do mandato do presidente Augusto Melo para auxiliar no choque de gestão. Segundo a empresa de consultoria financeira, o clube tem um passivo de aproximadamente R$ 1,5 bilhão sem levar em consideração a dívida com a Caixa Econômica Federal pela arena em Itaquera. Somando a pendência com o banco pelo estádio, o montante pula para aproximadamente R$ 2,1 bilhões.

Pedro Silveira, por sua vez, chega para ocupar o cargo deixado por Rozallah Santoro, que pediu desligamento da atual na esteira da rescisão do contrato da Vai de Bet com o Corinthians, alegando ingerência no seu setor - além dele, também saíram o diretor de futebol-adjunto Fernando Alba, e o diretor jurídico Yu Kin Lee.

Com vasta experiência no mercado financeiro e sócio de empreendimentos no ramos dos restaurantes, o novo diretor financeiro chega com a missão de fiscalizar as contas do clube, que está em vias de fechar com um novo patrocinador master por valores na casa de R$ 100 milhões anuais, e pretende novas contratações apesar de já ter gastado R$ 130 milhões na janela de transferências do início do ano.

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"Vamos nos inteirar dos assuntos nas próximas semanas e, com serenidade, traçar o caminho que desejamos trilhar. O Corinthians tem potencial para ser o melhor time do Brasil", comentou o novo diretor financeiro do Corinthians.

Pedro afirma ainda que está montando um comitê externo independente com grandes corintianos para avaliar a situação do clube e dar sugestões sobre a situação financeira do clube. O novo diretor financeiro destacou a necessidade de respeitar o orçamento do clube. "Meu apoio será fazer uma análise para fazer o presidente e o Fabinho (diretor de futebol) fazer o que acharem melhor para o clube", concluiu.

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