Federação Colombiana defende presidente e culpa segurança em briga na premiação da Copa América
Bogotá
16/07/2024 13h43
A Federação Colombiana de Futebol (FCF) demonstrou enorme revolta com o ocorrido e culpou, nesta terça-feira, a segurança da Copa América no Hard Rock Stadium, no sábado, pela confusão com seus dirigentes na premiação após a Argentina ser campeã sobre a Colômbia. O presidente da FCF, Ramón Jesurun Franco, acabou passando dois dias presos em Miami após a confusão que se iniciou após possível agressão a um de seus filhos, o qual tentou defender.
A polícia de Miami justificou a prisão do dirigente de 71 anos dentro do gramado como "agressão a policial/funcionário." Ramón Jesurun comanda a FCF e também é vice-presidente da Conmebol e alegou "instinto paternal" para se envolver na briga com seguranças que impediram muitas pessoas da delegação colombiana de adentrar ao gramado.
"A Federação Colombiana de Futebol relata e esclarece o ocorrido com Ramón Jesurun Franco, presidente e representante legal desta entidade, na final da Copa América que aconteceu no Hard Rock Stadium de Miami, Estados Unidos: Como é do conhecimento público desde a madrugada do último domingo, ocorreram momentos de tensão e confusão no referido recinto desportivo, que levaram a modificações de última hora e à implementação de novas medidas de segurança para garantir a integridade dos participantes", iniciou a nota de repúdio da FCF.
"Terminado o evento esportivo, a partir da meia-noite ocorreu a cerimônia de premiação para a qual, mediante estrito protocolo, foram convocadas as delegações do campeão: Argentina e do vice-campeão: Colômbia. No entanto, funcionários da segurança privada do estádio impediram a maioria dos integrantes da delegação colombiana de ter acesso oportuno e direto ao gramado, apesar de estarem devidamente identificados com o crachá oficial da entidade, o que gerou a reclamação de alguns com veemência, pois a cerimônia de premiação teria início em minutos", continuou em protesto a entidade colombiana.
"Uma das censuras foi feita por um parente do presidente da FCF. Porém, a resposta de um dos guardas foi uma manobra com a mão que em segundos desencadeou ataques e momentos de grande confusão", afirmou, acusando uma agressão. "O presidente da Federação, Ramón Jesurun, movido pelo instinto paternal, já que um dos denunciantes e posteriormente subjugado pelos guardas era seu filho Ramón Jamil, apressou-se em reclamar do ocorrido."
Além do presidente e de Jamil, ainda estavam no estádio sua mulher, os demais filhos e netos menores. Todos tiveram de comparecer perante a autoridade competente e explicar o ocorrido. Ramón Jesurun Franco acabou detido até a manhã desta terça-feira.
"Como organização que rege o futebol colombiano, lamentamos este acontecimento e pedimos desculpas aos organizadores da competição, ao país anfitrião e às pessoas afetadas. Por sua vez, o presidente Jesurun lamenta profundamente estes acontecimentos, que nunca deveriam ter acontecido e que resultaram numa manobra paternal e instintiva para proteger o seu filho e a sua família."