Bernardinho celebra vaga da seleção de vôlei na Olimpíada, mas admite: 'Estamos um passo atrás'

Bernardinho estava aliviado após a vitória sobre o Egito por 3 a 0 e a vaga nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O treinador da seleção masculina de vôlei aprovou a postura séria de seus atletas nesta sexta-feira e não escondeu que terá "finais" mais difíceis pela frente. Ele passará os próximos dois dias estudando uma maneira de melhorar o time para o mata-mata, no qual vê os adversários em melhores condições.

"Bacana foi a seriedade. Claro, um momento importante, sabia o que tínhamos de fazer. Havia tensão? Claro que havia tensão. Nada a perder o Egito, mas jogamos com eficiência, seriedade, todos bem", comemorou Bernardinho.

"Foi a primeira final, a final tecnicamente mais fácil das quatro que vamos enfrentar. Ganhamos de quem tínhamos de ganhar e perdemos duas partidas de quem tínhamos de brigar (Itália e Polônia). Estamos um passo atrás e temos de continuar crescendo", reconheceu. "Onde a gente pode melhorar? Como fazer para buscar aqueles dois pontos que faltaram contra a Polônia? Como fazer para fechar aqueles dois sets contra a Itália? Essa tem de ser nossa busca hoje, sábado e domingo, para segunda-feira entregar."

O Brasil ainda não sabe quem terá pela frente. Mas Bernardinho prevê as quartas de final como perigosas. Quem cair, deixa o sonho de disputar medalha pelo caminho. "Quartas de final sempre são o jogo mais tenso da Olimpíada. No Rio tivemos oitavas contra a França. Tem todo um emocional de quem vem de lá, vem no peso do favoritismo", explicou. "Vamos lá mostrar que a gente tem condição de brigar."

O técnico reconhece, contudo, que o time ainda não apresenta o esperado. "Estamos mostrando evolução nas partidas, mas está faltando o golpe final. Só vamos saber quem será o nosso adversário depois de Polônia x Itália, amanhã à noite. Até lá, vamos ficar esperando. Depois, vamos mergulhar no nosso adversário."

Aliviados, os jogadores comemoraram a boa vitória diante do frágil Egito, confiantes que será a largada para colher bons frutos nos mata-matas após duras derrotas diante de Itália e Polônia.

"O importante hoje era classificar. Estávamos em um grupo que não era simples, com duas pedreiras. No primeiro jogo, talvez por causa do nervosismo, faltou um pouco de consistência. Tivemos bons momentos, mas cometemos muitos erros. Contra a Polônia, tivemos exatamente mais consistência, jogando contra uma equipe que nos pressionou o tempo inteiro. E hoje era nossa obrigação vencer", avaliou o levantador Bruninho.

Em revezamento na posição de titular com Cachopa, o filho do treinador ainda ressaltou a postura do time. "O mais importante é nosso comportamento em cada partida. Qual é a nossa cara, o nosso espírito. Fico feliz e orgulhoso do que mostramos nessa primeira fase em relação à entrega do time."

Maior pontuador da seleção com 15 bolas certeiras, o oposto Darlan também não escondeu o entusiasmo: "Foi um jogo muito bom. Todos entraram em quadra com o pensamento de que era preciso ganhar e assim fomos proativos, comandamos a partida, não esperamos o Egito errar", disse. "Conseguimos colocar em prática o que treinamos e isso foi muito importante. Erramos pouco, fomos constantes, e isso é bem importante para nos dar ainda mais confiança."

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