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Cruzeiro cobra medidas rígidas contra atos de racismo na Argentina e torcida do Boca rebate

Belo Horizonte

16/08/2024 13h30

O jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana entre Boca Juniors e Cruzeiro está longe de acabar. E, mais uma vez, por causa de discriminação. Após a derrota por 1 a 0 na quinta-feira, mais uma vez torcedores argentinos foram flagrados imitando macaco e cometendo atos de racismo. Os mineiros cobraram medidas rígidas da Conmebol, mas os rivais rebateram, também cobrança punição aos brasileiros por "rasgarem dinheiro" e ironizarem a pobreza no país vizinho.

Mesmo com a torcida mineira em uma parte alta da Bombonera, o "conflito" entre argentinos e brasileiros mais uma vez se fez presente. E a troca de acusação é mútua. Vídeos de torcedores do Boca Juniors imitando e chamando os visitantes de "macaco" tomaram as redes sociais sob acusação de falta de impunidade ao racismo.

"O Cruzeiro condena os gestos e termos racistas de torcedores do Boca Juniors proferidos aos torcedores cruzeirenses, durante o jogo das oitavas de final da Sul-Americana. Precisamos dar um basta a este movimento criminoso com ações efetivas dentro e fora dos estádios. Racismo é crime e uma luta de todos", cobrou o clube mineiro.

Ocorre que o post dos mineiros cobrando a Conmebol foi utilizado por muitos torcedores do Boca Juniors para um "revide". Eles mostram os mineiros rasgando dinheiro e atirando em direção aos argentinos, na parte inferior das arquibancadas.

"Esses brasileiros adoram provocar, zombar de outros países, rasgar notas e rir da pobreza. Tudo para depois se safar usando a carta do 'racismo'. E como a Conmebol é aliada deles, vão sancionar apenas a nós", reclamou um argentino no X, antigo Twitter, mostrando os cruzeirenses jogando dinheiro picado.

Não é a primeira vez que os brasileiros reclamam de atitude racista dos hermanos. Alguns clubes argentinos prometem punição a seus torcedores, enquanto a maioria acha "normal" a atitude. A Conmebol vem apenas punindo os clubes com multa financeira de aproximadamente R$ 660 reais (valor irrisório para as entidades) e não fecha portões de estádios ou bane os racistas, o que faz a intolerância e discriminação se fazer presente em todos os confrontos. Os clubes nacionais cobram mudanças.

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