Súmula relata intimidação de Anderson Barros e tênis arremessado no gramado
O árbitro Raphael Claus relatou na súmula do clássico entre Palmeiras e São Paulo, realizado no último domingo (18), que foi intimidado por Anderson Barros, diretor de futebol alviverde, por conta da expulsão do auxiliar técnico João Martins, ainda no primeiro tempo.
De acordo com o documento, João Martins recebeu o cartão vermelho por "gesticular de forma acintosa" após marcação de falta a favor do São Paulo. O auxiliar teria dito: "Tem que apitar para os dois lados, seu critério é uma vergonha, a arbitragem aqui é uma vergonha". Martins teve de ser contido pelos jogadores após receber o vermelho.
A expulsão revoltou o diretor de futebol do time alviverde, Anderson Barros, que fez cobranças ao árbitro na saída para os vestiários — durante o intervalo — conforme descrito na súmula.
"Ainda no túnel que dá acesso ao vestiário, fui abordado pelo Sr Anderson Barros, diretor de futebol da SE Palmeiras, bradando as seguintes palavras: Claus, qual é o seu problema com a nossa comissão técnica? Se você tem problema, é melhor não apitar mais. Você é tendencioso", diz o documento.
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Depois de relatar o comportamento do dirigente, Claus cita novas ofensas feitas pelo auxiliar João Martins. "Informo ainda que o Sr. João Miguel Barreto Martins, auxiliar técnico do Palmeiras, que fora expulso da área técnica, como relatado acima, novamente, de forma acintosa, profere as seguintes palavras: 'Você é mentiroso', repetindo essa mesma frase por diversas vezes".
O relato da súmula também detalha objetos que foram arremessados ao gramado aos 27 minutos do segundo tempo, após gol marcado pelo são-paulino Luciano. "Foram arremessados no campo de jogo um pé de tênis branco, um copo descartável contendo água, um saco plástico contendo pipoca, vindos da direção de onde se encontravam os torcedores da equipe SE Palmeiras, não atingindo ninguém".
Já sobre a confusão generalizada ao final da partida, a arbitragem apontou dois gandulas como responsáveis pelo início do episódio. Segundo a súmula, a dupla fez provocações aos são-paulinos ao término da partida, que aconteceu no Allianz Parque.
Além disso, Zé Rafael e Rodrigo Nestor foram expulsos por uma briga no túnel de acesso aos vestiários. Os jogadores não receberam cartão vermelho na hora da confusão justamente porque Claus e os demais integrantes da comissão de campo não presenciaram a cena, e não houve tempo de advertir os atletas antes que eles se dirigissem aos vestiários. A equipe do VAR, contudo, sugeriu ao árbitro que analisasse imagens captadas no túnel.
"Após o término da partida e antes de deixar o campo de jogo, o VAR me sugeriu a revisão de um confronto entre dois jogadores no túnel de acesso aos vestiários. Ao revisar, constatei uma conduta violenta do jogador Nº 08, Sr José Rafael Vivian, da equipe SE Palmeiras, agarrando o pescoço do senhor Rodrigo Nestor Bertalia, Nº 11 da equipe do São Paulo FC, com o uso de força excessiva, que revidou com um soco no rosto de seu adversário citado acima. Informo que ambos, expulsos, não receberam cartão vermelho devido ao fato de se dirigirem aos respectivos vestiários de forma imediata após o conflito", diz o relato.
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