Real Madrid usa máscaras em teste físico para encarar calendário recorde de jogos

A temporada 2024/25 começou a todo vapor para o Real Madrid com a conquista da Supercopa da Uefa na última semana e abriu contagem para uma maratona de jogos que o clube espanhol deve enfrentar. Se chegar longe em todas seis competições que ainda disputa neste ano, o gigante espanhol pode atingir a marca recorde de 72 partidas. Com o objetivo de preparar o físico do elenco, o clube aplicou um treinamento especial no CT de Valdebebas.

Imagens divulgadas pela equipe mostram atletas como Mbappé, Vini Jr, Rodrygo e Endrick usando máscaras de oxigênio acopladas ao uniforme de treino enquanto fazem atividades de corrida e arranque no campo. Chamadas de Training Masks, elas tem como objetivo reduzir a quantidade de oxigênio disponível para os atletas e exigir ainda mais da parte cardiorrespiratória.

A técnica já foi aplicada outras vezes pelo preparador físico do clube e um dos mais renomados do mundo, o italiano Antonio Pintus. O preparador do Real detalhou que a ideia desse treinamento é avaliar de forma individual a capacidade de cada atleta e traçar um plano de aperfeiçoamento do condicionamento físico.

"Com esses testes, eu posso personalizar o trabalho de corrida, esse é o objetivo. Depois, repeti-lo em março (reta final da temporada europeia) é importante para ajudar a compreender se precisamos continuar com o trabalho aeróbico ou, se a equipe estiver muito bem nesse aspecto, concentrar apenas no trabalho de sprint e acelerações, o que aconteceu na última temporada aqui", explica Pintus.

O italiano é um dos mais experientes nesse setor de preparação física no futebol europeu e mundial. Além do bom trabalho no Real Madrid, entre 2016 e 2019, e nesta segunda passagem, também foi muito elogiado na Inter de Milão, onde ficou de 2019 a 2021, e na Juventus, tanto no final da década de 1990 quanto na temporada 2006/07.

Seu trabalho é tão reconhecido que Pintus foi convidado pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, a Nasa, para colaborar com estudos sobre a preparação física em seres humanos usando os métodos aplicados em atletas de alto rendimento. A ideia é levar esse trabalho para os astronautas que vão integrar a missão Artemis, que deve enviar o homem à lua novamente.

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