D’Alessandro e Mazzuco assumem diretoria de futebol para 'dar paz' ao Internacional

Um dia após uma das melhores exibições sob o comando do técnico Roger Machado - na vitória sobre o Cruzeiro por 1 a 0 -, o Internacional apresentou, nesta segunda-feira, seus novos integrantes do departamento de futebol: o ídolo D’Alessandro, diretor esportivo, e André Mazzuco, que ocupará o cargo de diretor executivo. As mudanças foram efetivadas com o intuito de dar mais tranquilidade ao time nesta reta final de temporada.

"Para mim é uma honra, um prazer e um privilégio voltar à minha casa, voltar ao Beira-Rio. O Inter faz parte, obviamente, da minha família. A minha volta é priorizando o clube. Aceitei o convite porque o presidente Alessandro me ligou, a gente conversou muito. Daqui a pouco vão me perguntar da dívida. O que menos se falou foi da dívida. Falamos de muitas coisas. Vamos trabalhar juntos pelo clube do clube", afirmou o ex-meia.

A dívida mencionada pelo novo diretor esportivo é referente ao seu tempo de jogador. O Inter deve aproximadamente R$ 1,5 milhão ao ex-atleta, que vem sendo pago em parcelas. O caso gerou um mal-estar com o próprio presidente Barcelos, mas, pelo o que tudo indica, ficou no passado.

"Eu estou aqui para ajudar, por isso aceitei o convite. Eu me sinto capacitado. Não foi contratado um ex-atleta. O que eu fiz para o clube ficou pra trás. Sobre o presidente, a gente vai confiando mais um no outro. O torcedor pode ficar tranquilo que trabalho e cobrança não vão faltar. Os jogadores sabem disso, já deixei claro para eles como as coisas vão ser internamente", completou.

D’Alessandro já chegou dando respaldo ao trabalho que vem sendo desenvolvido por Roger Machado, mas fez um alerta. "O treinador tem que trabalhar tranquilo, tem que saber que o diretor esportivo está aqui para facilitar o trabalho dele, mas o grupo tem que entender a história do clube. Nós temos que transmitir de dentro pra fora, não só esperar que a torcida lote o Beira-Rio. Nós podemos pedir ao torcedor? Podemos, mas nós temos que entregar. Jogador que não quer sofrer pressão e ser cobrado, errou de profissão."

Por fim, o ex-jogador falou um pouco sobre sua passagem pelo Cruzeiro. "Eu trabalhei ano passado em uma SAF, que é totalmente diferente. Trabalhei com a nomenclatura de coordenador de futebol, com a sub-20, trabalhando com o profissional, foi uma experiência muito legal, só que aqui é diferente… Temos os melhores elencos dos últimos anos, mas nós temos que ter um time, temos que ter um grupo, e isso não é fácil de conseguir. Todo mundo tem que suar a camisa. Futebol é trabalho", finalizou.

Assim como D’Alê, Mazzuco também defendeu a linha de trabalho que vem sendo desenvolvida no Inter, principalmente com o técnico Roger Machado. "Fico muito feliz, muito grato e muito privilegiado em estar aqui neste momento no Inter. Eu sou um cara que acredita muito nos processos, acredito muito na continuidade. No futebol brasileiro, temos essa cultura imediatista e isso tem que ser combatido", afirmou.

O dirigente prometeu grandes coisas para o clube no futuro. "O presidente fala muito de transparência, verdade e propósito. Estamos juntando essas palavras para fazer algo substancial para o clube", completou.

INTER SE REABILITA E SOBE NA TABELA

A vitória sobre o Cruzeiro levou o Internacional aos 28 pontos, na 11ª colocação do Campeonato Brasileiro. Inclusive, quebrou uma sequência negativa do clube no torneio e o afastou da zona de rebaixamento, onde tem o Vitória, no 17º lugar, com 22.

Coincidentemente, Inter e Cruzeiro voltam a se enfrentar no Brasileirão, em partida adiada por causa das enchentes que afetaram a cidade de Porto Alegre. O jogo será na quarta-feira, às 19h30, no Mineirão, em Belo Horizonte.

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