Carille culpa gramado por jogo fraco e admite pressão no Santos: 'Alívio só até o próximo jogo'
Vitória fora de casa, liderança do campeonato, reforços fazendo a diferença. Nada disso é capaz de reduzir a fúria da torcida santista, a preocupação dos dirigentes e a ameaça de demissão do técnico Fábio Carille do comando do Santos. Após a magra vitória por 1 a 0 sobre o Brusque, neste sábado, pela 25ª rodada da Série B, o treinador afirmou que o "alívio" da manutenção no cargo com quebra da sequência negativa de jogos só durará até domingo, dia 15, quando a equipe receberá o América-MG, na Vila Belmiro.
"Teremos uma semana com três jogos e precisamos nos preparar. A vitória foi importante em um jogo onde a bola não rolou como a gente queria, pelas condições do gramado", desconversou Carille em um primeiro momento. Novamente questionado sobre a possibilidade de demissão, o comandante não se mostrou nada aliviado: "Até o próximo jogo (alivia a pressão), né? O próximo tem que ganhar novamente."
Antes da maratona de jogos com o América-MG, no dia 15, em casa, Botafogo, no dia 19, fora, e Novorizontino, concorrente direto pela ponta da Série B, no dia 23, na Vila, Fábio Carille terá uma semana para preparar sua equipe. Afinal, o triunfo deste sábado esteve ameaçado até o último minuto em um jogo em que o conjunto da Baixada não foi bem. Para o técnico, o campo não colaborou para que a equipe santista mostrasse seu futebol, predominando o confronto físico sobre o técnico.
"A situação foi para duelar, brigar, a bola ficou viva o tempo todo. Para o espetáculo é muito ruim porque não tem combinação, não tem triangulação. Precisa se adaptar, sair da parte técnica e fazer um jogo mais físico, de bolas longas", explicou o treinador. "A bola praticamente não passou pelo nosso meio de campo, fizemos o gol, e aí passamos a buscar o segundo gol sem dar tantas oportunidades para o adversário."
Embora o Santos tenha criado boas condições para ampliar a vantagem, como o chute de Wendel Silva que carimbou a trave, o Brusque também ameaçou a meta do goleiro Gabriel Brazão, especialmente no final do primeiro tempo. Carille, porém, viu o jogo controlado pelo sistema defensivo santista.
"Vou rever o jogo, mas não vi a gente tomar pressão no segundo tempo. O Gabriel não trabalhou no jogo, estava tudo controlado, com as linhas baixas para marcar. O goleiro do Brusque trabalhou mais que o nosso durante o jogo todo", analisou.
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