O meia Giuliano foi um dos alvos da torcida do Santos após a derrota de virada para a Chapecoense, por 3 a 2, na noite desta quarta-feira. O experiente jogador cometeu erro que resultou na jogada do terceiro gol da equipe catarinense. A falha se tornou um gatilho em razão de críticas do meia ao jovem atacante Miguelito na rodada anterior da Série B do Campeonato Brasileiro.
Em Chapecó, o técnico Fábio Carille defendeu o meio-campista e colocou panos quentes na situação. "Em relação ao Giuliano, os jogadores se sentiram incomodados com tudo e a gente está com muita dificuldade de entender o que vocês (jornalistas) querem. Se é um cara que senta aqui e é político e fica em cima do muro ou se é um cara que se expressa e coloca seus sentimentos", declarou o treinador.
Carille se referia à postura sincera de Giuliano na entrevista coletiva ao fim da vitória do Santos sobre o Mirassol, no sábado, na Vila Belmiro. Na ocasião, o treinador havia sido questionado sobre as poucas chances que Miguelito vinha recebendo na Série B. A pergunta coincidia com uma grande atuação do atacante boliviano em partida da sua seleção nas Eliminatórias.
"Ele é um jovem com muito talento, na esquerda é excepcional. Falta um pouquinho de intensidade. É uma coisa mental, de preparação, porque o que ele consegue fazer no time sub-20 (do Santos) e na Bolívia, ele não consegue fazer nos nossos treinamentos", declarou Giuliano. "Quem escolhe é sempre o treinador, mas nós jogadores temos que ser realistas e falar a verdade. Ele é um grande jogador, vai ser um grande camisa 10 aqui no Santos, mas ainda não está preparado para isso."
Na mesma coletiva, Carille afirmara que Miguelito iria ganhar mais minutos nos jogos do Santos nesta reta final da Série B. Contra a Chapecoense, o atacante boliviano não chegou a entrar em campo.
Diplomático, Carille fez elogios a Giuliano e Miguelito na noite desta quarta. "O Giuliano é um cara que ajuda os jovens demais. Teve uma reunião com ele que participei com um menino do sub-15 e foi tão bonito o que o Giuliano falou pra ele, que se propôs a ajudar. É uma opinião do Giuliano e a gente tem que respeitar. Quando o Miguelito está ali, eu vejo o Giuliano encostar, falar, conversar", afirmou.
Sobre o boliviano, o treinador pediu mais paciência. "É um talento que a gente tem acompanhado, com altos e baixos. Está num processo de crescimento. É ter paciência, tratar como uma joia, com muito carinho, para a gente poder usar no melhor momento", projetou.
Apesar da derrota em Chapecó, o Santos sustentou a liderança da Série B, com seus 56 pontos. Mas poderá perder a ponta ainda nesta rodada para o Novorizontino (54), que jogará no sábado contra o Mirassol (50), outro integrante do G-4 da tabela.
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