Garro pediu conselho de ídolos do elenco do Corinthians antes de assumir camisa 10: 'Respeito'
Grande nome do Corinthians na atualidade e destaque nos 3 a 1 sobre o Vasco com dois gols e uma assistência, o argentino Garro revelou que pediu conselho aos ídolos do elenco antes de assumir a pesada camisa. Na época, recebeu a bênção de Cássio, Paulinho e do paraguaio Romero sob votos de que iria honrá-la.
"Não quis estar acima dos meus companheiros, precisava de uma mensagem deles. E eu tive. Não me sinto melhor por usar o número 10. Me orgulha que, depois de todas as coisas que eu vivi, hoje posso ser o número 10 do Corinthians e representá-la", disse o meia à ESPN.
Garro ainda dava os primeiros passos no clube quando surgiu a possibilidade de trocar de número. A saída do paraguaio Matias Rojas para o Inter Miami de Messi deixou o número vago e a diretoria não teve dúvidas em oferecê-lo para o argentino.
"Para mim foi uma decisão muito grande porque eu sempre havia jogado com a camisa 16 que me deu muitos momentos bons. E penso muito assim de que o que me faz bem permanece, e o que dá ruim se vai", explicou. "O número 16 me dava uma energia positiva e acredito muito nessas coisas."
O diretor de futebol Fabinho Soldado foi quem comunicou Garro sobre a possibilidade de herdar a camisa 10. "Eu disse sim, que era algo que eu esperava, mas tinha muito respeito pelas pessoas que o representaram", lembrou.
E explicou como fez a decisão. "Neste momento, não falei para ninguém. Fui conversar com Cássio, o máximo ídolo da torcida e lhe disse: 'gigante, tenho uma decisão para tomar e gostaria de ter uma pessoa como você, que conhece muito o clube, já viu todos os jogadores que passaram por aqui, para não faltar ao respeito com nenhum deles'. Ele respondeu: 'agarra essa camisa, você está fazendo as coisas bem e me disse coisas bonitas que eu precisa ouvir'", revelou Garro. "Depois, também falei com Paulinho, também para respeitar sua história. E com Angel Romero, que disse que seria bem melhor comemorar gols com as 10."
Garro não apenas trocou de número como rapidamente caiu nas graças da torcida. Já são 12 gols, sendo 9 no Brasileirão, além de 13 assistências na temporada. Ao contribuir com o triunfo diante dos vascaínos, ele ajudou a livrar a equipe matematicamente na Série A. "Permanecer no lugar que merece."
A diretoria agiu rápido e renovou sem contrato até o fim de 2028 após proposta para volta ao futebol argentino, aumentou seu salário e colocou multa alta para evitar assédio da concorrência. No Brasil, quem quiser tirá-lo do Corinthians terá de desembolsar R$ 300 milhões. Para o futebol europeu, as cifras são de 100 milhões de euros (aproximadamente R$ 609 milhões).
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