Artur Jorge minimiza pressão no Botafogo e vê Libertadores como 'história totalmente diferente'

Após semanas de oscilações e resultados abaixo do esperado, o técnico Artur Jorge não se vê sob pressão no comando do Botafogo. Mas admite perceber a "ansiedade" do torcedor à medida que o clube se aproxima de duas grandes conquistas: o Brasileirão e a Copa Libertadores. Apesar da grande vitória sobre o Palmeiras, na noite de terça-feira, em duelo direto na briga pelo título nacional, o português pediu cautela antes da decisão da Libertadores, no próximo sábado.

"É uma história totalmente diferente e que pode marcar uma página de ouro na história do Botafogo", afirma o treinador, sobre o jogo de sábado. O Botafogo vai enfrentar o Atlético-MG em Buenos Aires, na final disputada em jogo único, em solo argentino. O clube carioca busca seu primeiro título da principal competição da América do Sul.

"Eu não estou com pressão nenhuma, confesso. Estou vivendo uma aventura que tem sido extraordinária. Percebo a ansiedade do torcedor, muitos anos à espera de ganhar um título. Mas não se pode aliviar a pressão ainda. Temos sábado uma troféu para disputar, uma Libertadores, coisa inédita para o nosso clube", diz o técnico.

Apesar de tentar distanciar uma competição da outra, Artur Jorge admite que a vitória sobre o Palmeiras por 3 a 1, em São Paulo, traz lições importantes para o Botafogo de olho na decisão do próximo fim de semana.

"Tivemos dificuldade no encaixe do meio-campo no início. Mas, depois, aproveitamos os espaços que tivemos e defendemos muitíssimo bem. Queremos assimilar tudo que conseguimos fazer, ficar contentes com o que fizemos. É importante para o título, mas não decisivo. Levamos isso para a final (da Libertadores): a atitude comportamental. Temos que ter nossa melhor versão. Mas não vou cair na tentação do que fizemos ali atrás foi ruim, os resultados não vieram. Vamos fazer tudo no que falta e também na final de sábado."

O treinador pediu que o time mantenha o alto nível tanto em campo quanto nos treinamentos nesta reta final do campeonato, em que o time disputará mais três partidas, todas decisivas, para dois títulos diferentes.

"Não dá para descansar. Ainda não é o momento de relaxar. Temos que estar confiantes, serenos do trabalho que fazemos. Hoje (terça), foi uma prova disso mesmo. Colocamos muita coisa no seu lugar. Mas falta ainda. Então, até as coisas fecharem, temos que estar alertas e dar o nosso melhor. Há, de fato, troféus e títulos para ganhar e temos que ganhar os jogos que dão esses títulos", diz Artur Jorge.