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27/12/2009 - 16h04

Briatore: 'Schumacher não teria voltado se não achasse que pode ganhar'

Da EFE
Em Madri (Espanha)

O italiano Flavio Briatore, ex-chefe da equipe Renault de Fórmula 1, está convencido de que o alemão Michael Schumacher, que em 2010 voltará ao Mundial de Fórmula 1 com a equipe Mercedes GP, não teria tomado esta decisão sem a convicção de que pode voltar a brigar pelas vitórias na categoria.

Briatore, que foi diretor da equipe Benetton quando o alemão ganhou os dois primeiros de seus sete títulos mundiais (1994 e 1995), assinala em uma entrevista ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport que Schumacher não teria voltado se não achasse que pode ganhar, e que tudo depende da qualidade do carro de que vai dispor.

"Acho que (seu retorno) é uma coisa boa para a Fórmula 1. Conhecendo-o, se decidiu voltar é porque está convencido de que ainda pode ser rápido", disse o italiano, banido do esporte após o escândalo do Grande Prêmio de Cingapura de 2008, quando ordenou ao piloto brasileiro Nelsinho Piquet que batesse para beneficiar o companheiro Fernando Alonso.

Briatore não acredita que a idade do alemão, que completa 41 anos no dia 3 de janeiro, possa influenciar em seu desempenho: "Se você tem um carro ganhador, não importa muito".

"A temporada passada o demonstrou claramente, já que o piloto que ganhou o campeonato (o britânico Jenson Button) não é o melhor do quadro", acrescentou.

Flavio Briatore afirmou que sempre sentiu que Michael Schumacher tinha se aposentado antes de tempo: "Estou convencido de que se ele estivesse em boa forma física já teria voltado na temporada passada com a Ferrari. Michael pertence a essa classe de pilotos que não pode ter uma vida normal, que não pode ficar fora da competição".

"Quando foi embora há três anos não estava pronto para se aposentar; poderia ter sido competitivo durante duas ou três temporadas mais", assegurou.

Briatore não sabe se Schumacher será capaz de lutar por outro título mundial: "Eu não sei. Eu acho que o próximo ano a Ferrari será muito forte com (o espanhol Fernando) Alonso e (o brasileiro Felipe) Massa. Só vou dizer que Ross (Brawn, chefe da equipe Mercedes GP) o conhece bem e que a Mercedes sempre o quis. Mas, repito, o carro é fundamental".

Sem poder participar de atividades ligadas ao automobilismo devido à proibição imposta pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Flavio Briatore preside atualmente o clube de futebol Queens Park Rangers, que disputa a segunda divisão do Campeonato Inglês. No dia 5 de janeiro, o italiano terá uma sentença sobre sua apelação contra a sua expulsão da Fórmula 1.

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