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05/01/2010 - 18h05

Absolvido, Briatore critica Mosley e diz que não pensa em voltar à F-1

Da EFE
Em Paris (França)
  • Após ver seu banimento anulado, Flavio Briatore disse que Max Mosley colheu o que plantou

    Após ver seu banimento anulado, Flavio Briatore disse que Max Mosley "colheu o que plantou"

Depois de ver anulada a punição de banimento da Fórmula 1 por planejar um acidente no GP de Cingapura de 2008, o italiano Flavio Briatore criticou a postura do ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, e disse que não pensa em voltar à Fórmula 1.

"Cada um colhe o que planta e Mosley colheu tudo o que semeou", comentou Briatore ao canal estatal de televisão italiano RAI, do Quênia, onde está no momento.

"Estou muito feliz. Preferia resolver esta situação dentro do esporte, mas como isso era impossível com Mosley como presidente, acho que era lógico ir a um tribunal totalmente independente", afirmou o ex-chefe da equipe Renault.

Briatore disse que não pensa em voltar ao circo da F-1. "A única fórmula que me interessa é esperar o nascimento do meu filho. Certamente estou muito mais calmo porque o mal que a FIA e Mosley fizeram para mim foram enormes, mas hoje não tenho nenhum espírito de vingança", afirmou.

Sobre a sentença, comentou: "A decisão de hoje, após 18 anos de Fórmula 1, me devolve a tranquilidade, a dignidade e tudo o que Mosley tinha me tirado de um modo violento e ignóbil". E concluiu: "Quero agradecer a todos os que me apoiaram, especialmente aos italianos. Hoje é um grande dia, um dia de felicidade".

O Tribunal de Grandes Instâncias de Paris, ao qual o italiano havia recorrido, considerou "irregular" a decisão tomada pelo Conselho Mundial da FIA no dia 21 de setembro do ano passado, quando também suspendeu por cinco anos o diretor de engenharia da Renault, Pat Symonds, pelo episódio em Cingapura.

Durante a corrida noturna, disputada num circuito de rua em Marina Bay, Briatore teria ordenado ao brasileiro Nelsinho Piquet para que batesse sua Renault contra um muro em um local da pista onde não havia como o veículo pudesse ser retirado sem que fosse necessária a entrada do safety car.

Vários pilotos aproveitaram a situação para entrar nos boxes, e Alonso, que havia acabado de reabastecer, ganhou posições que o ajudaram a vencer a prova.

A Justiça francesa considerou que o banimento do dirigente foi baseado "em um testemunho anônimo de última hora", do qual Briatore não teve como se defender.

Além disso, a Justiça entendeu que o ex-presidente da FIA, Max Mosley, inimigo de Briatore, "teve um papel preponderante no início da investigação e do processo" o que, segundo eles, "viola o princípio de separação dos órgãos de investigação, procedimento e julgamento".

Por fim, o italiano foi convidado a comparecer à audiência do Conselho Mundial da FIA por e-mail, sem ser informado sobre os termos da acusação.

De acordo com o veredicto, Briatore terá que receber uma indenização de 15 mil euros por perdas e danos, bem menos do que a quantia que reivindicava, de 1 milhão de euros. Pat Symonds também teve sua suspensão de cinco anos revertida, e receberá 5 mil euros (pedia 500 mil).

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