06/01/2010 - 08h34

Para Briatore, poder voltar à F-1 foi "vitória por nocaute" sobre Mosley

Da EFE

Em Paris (FRA)

Depois de conseguir na Justiça francesa a anulação de seu banimento da Fórmula 1, o italiano Flavio Briatore, ex-chefe de equipe da Renault, disse que conseguiu uma "vitória por nocaute" contra o inglês Max Mosley, ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

"Quando a FIA decidiu me excluir, o mundo caiu em cima de mim", conta Briatore em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal francês Le Parisien. O italiano diz à publicação que precisa de "um pouco de tempo" para "digerir este assunto" e que pensará sobre se volta ou não ao paddock depois do nascimento de seu filho, que deve acontecer em dois meses.

"Minha exclusão tinha lógica, mas era uma aberração", afirma. Para Briatore, a FIA deve "sair de um sistema desacreditado" e para isso confia no novo presidente da entidade, o francês Jean Todt, ex-chefe de equipe da Ferrari, que conhece há mais de 15 anos. Mosley tinha "poder absoluto sobre a FIA e sobre seus membros", diz o italiano, ao afirmar que seus embates com o inglês remontam a 1994, quando a FIA decidiu excluir a Benetton, a escuderia que dirigia então, e seu piloto Michael Schumacher do Grande Prêmio da Bélgica daquele ano por uma infração em seu carro.

Apesar disso, naquele mesmo ano, Schumacher viria a conquistar o primeiro de seus sete títulos na Fórmula 1. Para Briatore, a volta do piloto alemão é a melhor coisa que poderia acontecer à Fórmula 1 "após semanas de publicidade negativa".

O ex-chefe de equipe da Renault ainda aproveitou para dizer que, em sua opinião, a fuga repentina das grandes montadoras da Fórmula 1 é "consequência direta da gestão de Mosley". A FIA baniu Flavio Briatore da categoria máxima do automobilismo ao considerá-lo como o mentor do acidente proposital de Nelsinho Piquet durante o Grande Prêmio de Cingapura de 2008.

A Justiça francesa anulou o banimento de Briatore com o argumento de que foi ditado a partir de um testemunho anônimo do qual o italiano não pôde se defender.