O Assessor Especial das Nações Unidas para o Esporte, o alemão Wilfrid Lemke, condenou nesta segunda-feira o atentado sofrido pela seleção de futebol do Togo na última sexta-feira.
"Não se trata somente de um ato de violência contra cidadãos inocentes, mas também um ataque contra os valores esportivos", afirmou Lemke, por meio de um comunicado.
"O esporte tem a capacidade de fomentar o entendimento e a amizade entre os povos. Os atletas que participam de competições internacionais são o símbolo disso. Atacá-los significa também atingir os valores humanos que compõem o esporte", acrescentou.
A nota lembra ainda outros atentados recentes contra esportistas, como o sofrido pela seleção de críquete do Sri Lanka, em março do ano passado, e o que houve há apenas uma semana no Paquistão, durante um jogo de vôlei.
O incidente com a seleção togolesa aconteceu pouco após a equipe entrar na província de Cabinda, onde disputaria partidas pela primeira fase da Copa Africana de Nações.
O ônibus que transportava os jogadores, apesar de escoltado pela polícia angolana, foi metralhado por membros da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (Flec), organização separatista que assumiu a autoria do atentado.
O ataque deixou três mortos - o assistente-técnico da seleção, Abalo Amelete, o assessor de imprensa da equipe, Stan Ocloo, e o motorista do ônibus. Houve também vários feridos, entre eles o goleiro reserva Kodjovi Obilale, que recebeu um tiro nas costas e está internado em estado grave.
Por causa do atentado, a seleção de Togo deixou o torneio, atendendo a um pedido do governo de seu país.
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