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11/01/2010 - 09h27

Togo começa 3 dias de luto por mortes em ataque contra seleção

Da EFE
Em Lomé (Togo)

Nesta segunda-feira, Togo começou três dias de luto nacional por causa dos mortos no atentado cometido na sexta-feira passada na localidade angolana de Cabinda contra a seleção togolesa de futebol, que disputaria a Copa Africana de Nações.

Os corpos do treinador assistente da seleção togolesa, Abalo Amelete, e o chefe de imprensa, Stan Ocloo, chegaram a Lomé nesta madrugada em um avião que trouxe de Cabinda a Togo o resto da equipe, que deixou a competição por determinação do Governo, ao considerar que não há garantias de segurança.

Os caixões com os corpos de Amelete e Ocloo, cobertos com a bandeira nacional togolesa, foram retirados do avião nos ombros de membros da Gendarmaria Nacional, em meio a uma multidão que se encontrava na pista do aeroporto, na qual estavam parentes dos mortos.

A recepção aos corpos dos dois togoleses que morreram e do resto da delegação foi liderada pelo primeiro-ministro do Togo, Gilbert Houngbo Fossoun, junto com membros de seu Governo, e aconteceu em meio a muita emoção, marcada pelos gritos de dor e choro dos familiares das vítimas.

Depois, os corpos das duas vítimas fatais foram levados para o necrotério de Lomé, à espera que as famílias decidam quando e como acontecerá o funeral e onde serão enterrados.

"Este é o momento mais difícil da minha vida. A vida é assim e tem tempos difíceis", disse Emmanuel Adebayor, capitão da seleção togolesa e jogador do Manchester City, aos jornalistas no aeroporto, ao chegar a Lomé.

Sobre a retirada da seleção togolesa da Copa Africana de Nações, disputada em Angola, Adebayor afirmou: "o Governo disse que voltássemos, e voltamos, que é o importante".

Os jogadores também confirmaram, ao chegar a Lomé, que houve três mortes no atentado: Amelete, Ocloo e o motorista angolano do ônibus no qual tinham viajado de Congo a Cabinda.

Há oito feridos de forma mais grave, entre eles o goleiro reserva, Kodjovi Kadja Obilale, que foi levado para a África do Sul, onde fez uma cirurgia e está hospitalizado em situação "grave, mas estável", segundo um boletim médico.

O ônibus que transportava os jogadores da seleção do Togo, que era escoltado pela Polícia angolana, foi metralhado por membros da guerrilha separatista Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (Flec), pouco após entrar em território de Angola.

Hoje mesmo, a imprensa oficial angolana divulgou uma declaração do procurador provincial de Cabinda, António Nito, na qual anunciava "a captura de dois integrantes do grupo do Flec que atacou a seleção do Togo".

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