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12/01/2010 - 10h15

Organização da Copa se rebela contra pessimistas

Da EFE (Em Johanesburgo)

A África do Sul está convencida de que fez perfeitamente os deveres e que está em condições de oferecer uma boa Copa do Mundo, mas o Comitê Organizador teve que responder aos pessimistas, que encontraram no atentado antes da Copa Africana de Nações nova munição.

"Quando um problema de segurança ocorre na Finlândia ou em Londres, ou quando uma bomba explode em Atenas durante os Jogos Olímpicos, não pedimos a outro país europeu que explique o que aconteceu", disse Danny Jordaan, diretor-executivo do Comitê Organizador, em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira.

Jordaan pediu à imprensa estrangeira menos "catastrofismo" e um tratamento equitativo, semelhante ao recebido por sedes anteriores, e lembrou que vincular o ataque sofrido pela seleção do Togo à Copa do Mundo da África do Sul não tem sentido.

"Angola fica a três horas e meia de avião de Johanesburgo", disse Jordaan, que lembrou que a ex-colônia portuguesa é "um país independente, com seu próprio Exército, sua própria Polícia, suas próprias infraestruturas e seu próprio plano de segurança".

Jordaan negou ter chamado de "estúpido", mas sim de "desinformado", Phil Brown, técnico do Hull City, que disse depois do ataque a Togo que o Mundial não deveria acontecer na África do Sul.

"Quando o Hull perde para o Tottenham, não se pergunta ao Manchester United por que perdeu a partida", acrescentou Jordaan, que elogiou as declarações do técnico do Arsenal, Arsène Wegner, que se pronunciou a favor de que continuasse a Copa Africana de Nações.

"Em nosso planejamento, está contemplada qualquer tipo de eventualidade, inclusive os ataques terroristas", disse um general do Exército da África do Sul.

Jogadores, oficiais das diferentes delegações e membros da Fifa estarão protegidos durante as 24 horas por pelo menos 2,5 mil profissionais que cobrirão hotéis, aeroportos e campos de futebol, entre outros.

A África do Sul investiu quase US$ 90 milhões só em pessoal de segurança, que começou a treinar em 2004 e é formado por um corpo de 200 mil policiais.

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