26/05/2010 - 15h24

Governo britânico não quer "protestos tolos" em revezamento de tocha

Da EFE

Em Londres (ING)

O governo britânico, encarregado de supervisionar os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, ressaltou nesta quarta-feira que não quer "protestos tolos" durante o revezamento da tocha olímpica, cujo percurso contará com a participação de 8 mil pessoas.

"Não quero que nenhum protesto tolo altere o curso (da tocha)" até Londres, disse o ministro de Esportes e Jogos Olímpicos do novo Governo do Reino Unido, o conservador Hugh Robertson.

Segundo a agência local Press Associated, o governo deposita grandes esperanças de que o percurso da tocha não seja afetado por protestos como os que tumultuaram o trajeto até Pequim, em 2008.

Na época, os portadores da chama olímpica tiveram problemas por conta de protestos de milhares de pessoas contra a política da China sobre o Tibete em Paris, onde a tocha teve que ser escoltada por 3 mil policiais, em Londres e em San Francisco.

Embora explique que "o ambiente político será diferente", Robertson advertiu: "Não posso garantir que neste dia não haja manifestantes que tentem interromper o evento, mas espero que não arruínem a nossa oportunidade".

Além disso, o ministro prometeu que pelo menos 50% dos revezadores terão menos de 24 anos.

Enquanto isso, o presidente do Comitê Organizador de Londres 2012, Sebastian Coe, assegurou nesta quarta-feira que o orçamento de 9,3 bilhões de libras (10,96 bilhões de euros) disposto para o projeto olímpico, que o Governo cortou em 27 milhões de libras (31 milhões de euros), era adequado.

O novo governo britânico de conservadores e liberal-democratas apresentou na última segunda seu plano de cortes de gastos públicos para reduzir o déficit do país em 6,25 bilhões de libras (cerca de 7,125 bilhões de euros).

O pacote de cortes previa a redução dos 27 milhões no orçamento deste ano destinado à construção das instalações olímpicas e dos preparativos para os Jogos de Londres.

Contudo, "o comitê organizador aumentou seus fundos em níveis recordes - procedentes do setor privado - apesar de enfrentarmos o mais difícil ambiente econômico desde 1970. E quanto às infraestruturas, estamos cumprindo nossas metas", assinalou Coe.

O representante de Londres 2012 lembrou: "Nesta época, no ano que vem, já teremos progredido em nossas sedes no Parque Olímpico".