Com pé direito! Brasil estreia com vitória na Copa das Confederações
Brasília, 15 (EFE).- A seleção brasileira começou com pé direito sua caminhada na Copa das Confederações, batendo neste sábado o Japão por 3 a 0, em jogo disputado no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, que marcou a abertura do torneio.
Coube ao maior jogador brasileiro na atualidade, Neymar, marcar o gol inaugural da competição que reúne os campeões continentais - além do país-sede, e a Espanha, campeã do mundo. O novo atacante do Barcelona esbanjou categoria ao finalizar, logo aos 3 minutos de jogo, após receber passe com o peito de Fred.
Também no começo do segundo tempo, de novo aos 3 minutos, os anfitriões da competição ampliaram o marcador, com Paulinho, concluindo cruzamento de Daniel Alves. Nos acréscimos, quando as duas seleções pareciam esperar o apito final, Oscar puxou contra-ataque e lançou Jô, que bateu para o fundo das redes.
A nota negativa da partida foi quanto ao estado físico de Neymar. Substituído aos 27 minutos da etapa final, por diversas vezes o jovem craque aparentou sentir dores musculares e até mancou. Depois de rápida conversa, com Luiz Felipe Scolari, o camisa 10 acabou dando lugar a Lucas.
Com a vitória, a seleção larga na frente do grupo A com 3 pontos. Amanhã, México e Itália complementam a primeira rodada da chave, com duelo que acontecerá no Maracanã, no Rio de Janeiro. O Brasil voltará a campo nesta quarta-feira para encarar os mexicanos, no Castelão, em Fortaleza.
Como antecipou durante toda semana, Felipão iniciou a partida com a mesma formação da vitória sobre a França, por 3 a 0, no último domingo, em Porto Alegre. Com isso, Marcelo foi escalado na lateral esquerda, enquanto Oscar, Hulk, Neymar e Fred formaram trio ofensivo.
A seleção japonesa, que também não fez mistério, tinha apenas uma dúvida, desfeita com o anúncio da escalação do meia Keisuke Honda, que se recuperou recentemente de lesão. O atleta havia sido poupado por Alberto Zaccheroni na última partida dos Samurais Azuis, contra o Iraque, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014.
Quando a bola rolou hoje, a seleção brasileira parecia querer mandar um aviso para a Copa das Confederações e, quem sabe, até para a Copa do Mundo: "aqui quem manda somos nós". Com marcação forte no setor ofensivo, ultrapassagens e toques rápidos, de nada lembrava a seleção burocrática dos amistosos recentes.
E logo aos 3 minutos, a torcida presente no Mané Garricha pôde comemorar e em tão alto estilo como o golaço brasileiro. Marcelo cruzou da esquerda, Fred ajeitou com peito para Neymar que emendou de primeira, e saiu para comemorar antes mesmo da bola entrar na gaveta esquerda de Kawashima.
A partir daí, o jogo começou mudar, e todo aquele ímpeto ficou para trás. Primeiro Honda cobrou falta de média distância com muita força, mas parou na defesa de Júlio César. O atleta do CSKA Moscou, dois minutos depois, voltou a ficar perto de marcar, ao receber lançamento na área mas finalizar por cima do gol.
Com o placar aberto, a seleção brasileira ia afrouxando a marcação, dando espaço para os adversários, que tentavam explorar os lados do campo, em alta velocidade. Nova chance de gol só aos 18 minutos de jogo, de novo com Honda, que bateu da entrada da área para defesa em dois tempos de Júlio César.
Só aos 21 o Brasil conseguiu ameaçar, quando Daniel Alves e Hulk fizeram boa jogada dentro da área. O atacante bateu, a bola desviou e acabou parando na defesa de Kawashima. Paulinho até tentou chegar para pegar o rebote, mas a zaga afastou.
Tímido ofensivamente, o Brasil teve uma grande chegada aos 40 minutos do primeiro tempo, quando Hulk fez boa jogada individual e encheu o pé, à esquerda de Kawashima. A bola, no entanto, bateu no lado externo das redes japonesas.
Logo depois foi a vez de Fred, que depois de uma saída errada da zaga japonesa, arrancou, tabelou com Neymar e bateu forte, para ótima defesa do goleiro adversário, que se esticou todo para espalmar, e depois ainda dividiu com o atacante do Barcelona para evitar que ele marcasse.
Na segunda etapa, as duas seleções voltaram com a mesma formação e o Brasil repetiu a estratégia do primeiro, com pressão e gol. Logo aos 3 minutos, após cruzamento de Daniel Alves, a bola cruzou quase toda área japonesa, e achou Paulinho, que bateu firme, não dando chances para Kawashima, que ainda tocou na bola, antes que ela entrasse.
Com menos de cinco minutos, tomando 2 a 0, Zaccheroni promoveu a primeira mudança em sua equipe, tirando o meia Kiyotake, para colocar o atacante Maeda. Do lado brasileiro, a mudança foi de postura - como na etapa inicial - com a equipe mostrando menos ímpeto ofensivo.
Morna, a partida só teve lance de perigo novamente aos 26 minutos do segundo tempo, quando Maeda pegou sobra de bola na área e encheu o pé, obrigando Julio César a fazer boa defesa. A torcida brasileira expressou alívio nas arquibancadas, e logo depois aplaudiu a entrada de Lucas, que entrou na vaga de Neymar, que aparentava grande desgaste físico.
Logo depois, Felipão reforçou o setor de meio-campo colocando Hernanes no lugar de Hulk. O ritmo brasileiro seguiu lento e as chances de gol raras. Aos 35, Fred, em sua última participação no jogo - depois deu lugar a Jô - ficou perto de marcar de cabeça, após escanteio cobrado pelo lado direito de ataque.
E o atacante do Atlético Mineiro foi o protagonista do último grande lance do jogo, justamente o que selou a vitória por 3 a 0. Depois de contra-ataque armado por Oscar, que arrancou da linha do meio-campo, Jô disparou, invadiu a área e bateu forte, sem dar chances para Kawashima.
Ficha técnica:.
Brasil: Julio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk (Hernanes), Neymar (Lucas) e Fred (Jô). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Japão: Kawashima; Uchida, Yoshida, Konno e Nagamoto; Endo (Hosogai), Hasebe, Kiyotake (Maeda), Honda (Inui) e Kagawa; Okazaki. Técnico: Alberto Zaccheroni.
Árbitro: Pedro Proença (Portugal), auxiliado pelos compatriotas Bertino Miranda e José Trigo.
Gols: Neymar, Paulinho e Jô (Brasil).
Cartãos amarelo: Hasebe (Japão).
Estádio: Nacional Mané Garrincha, em Brasília.
Coube ao maior jogador brasileiro na atualidade, Neymar, marcar o gol inaugural da competição que reúne os campeões continentais - além do país-sede, e a Espanha, campeã do mundo. O novo atacante do Barcelona esbanjou categoria ao finalizar, logo aos 3 minutos de jogo, após receber passe com o peito de Fred.
Também no começo do segundo tempo, de novo aos 3 minutos, os anfitriões da competição ampliaram o marcador, com Paulinho, concluindo cruzamento de Daniel Alves. Nos acréscimos, quando as duas seleções pareciam esperar o apito final, Oscar puxou contra-ataque e lançou Jô, que bateu para o fundo das redes.
A nota negativa da partida foi quanto ao estado físico de Neymar. Substituído aos 27 minutos da etapa final, por diversas vezes o jovem craque aparentou sentir dores musculares e até mancou. Depois de rápida conversa, com Luiz Felipe Scolari, o camisa 10 acabou dando lugar a Lucas.
Com a vitória, a seleção larga na frente do grupo A com 3 pontos. Amanhã, México e Itália complementam a primeira rodada da chave, com duelo que acontecerá no Maracanã, no Rio de Janeiro. O Brasil voltará a campo nesta quarta-feira para encarar os mexicanos, no Castelão, em Fortaleza.
Como antecipou durante toda semana, Felipão iniciou a partida com a mesma formação da vitória sobre a França, por 3 a 0, no último domingo, em Porto Alegre. Com isso, Marcelo foi escalado na lateral esquerda, enquanto Oscar, Hulk, Neymar e Fred formaram trio ofensivo.
A seleção japonesa, que também não fez mistério, tinha apenas uma dúvida, desfeita com o anúncio da escalação do meia Keisuke Honda, que se recuperou recentemente de lesão. O atleta havia sido poupado por Alberto Zaccheroni na última partida dos Samurais Azuis, contra o Iraque, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014.
Quando a bola rolou hoje, a seleção brasileira parecia querer mandar um aviso para a Copa das Confederações e, quem sabe, até para a Copa do Mundo: "aqui quem manda somos nós". Com marcação forte no setor ofensivo, ultrapassagens e toques rápidos, de nada lembrava a seleção burocrática dos amistosos recentes.
E logo aos 3 minutos, a torcida presente no Mané Garricha pôde comemorar e em tão alto estilo como o golaço brasileiro. Marcelo cruzou da esquerda, Fred ajeitou com peito para Neymar que emendou de primeira, e saiu para comemorar antes mesmo da bola entrar na gaveta esquerda de Kawashima.
A partir daí, o jogo começou mudar, e todo aquele ímpeto ficou para trás. Primeiro Honda cobrou falta de média distância com muita força, mas parou na defesa de Júlio César. O atleta do CSKA Moscou, dois minutos depois, voltou a ficar perto de marcar, ao receber lançamento na área mas finalizar por cima do gol.
Com o placar aberto, a seleção brasileira ia afrouxando a marcação, dando espaço para os adversários, que tentavam explorar os lados do campo, em alta velocidade. Nova chance de gol só aos 18 minutos de jogo, de novo com Honda, que bateu da entrada da área para defesa em dois tempos de Júlio César.
Só aos 21 o Brasil conseguiu ameaçar, quando Daniel Alves e Hulk fizeram boa jogada dentro da área. O atacante bateu, a bola desviou e acabou parando na defesa de Kawashima. Paulinho até tentou chegar para pegar o rebote, mas a zaga afastou.
Tímido ofensivamente, o Brasil teve uma grande chegada aos 40 minutos do primeiro tempo, quando Hulk fez boa jogada individual e encheu o pé, à esquerda de Kawashima. A bola, no entanto, bateu no lado externo das redes japonesas.
Logo depois foi a vez de Fred, que depois de uma saída errada da zaga japonesa, arrancou, tabelou com Neymar e bateu forte, para ótima defesa do goleiro adversário, que se esticou todo para espalmar, e depois ainda dividiu com o atacante do Barcelona para evitar que ele marcasse.
Na segunda etapa, as duas seleções voltaram com a mesma formação e o Brasil repetiu a estratégia do primeiro, com pressão e gol. Logo aos 3 minutos, após cruzamento de Daniel Alves, a bola cruzou quase toda área japonesa, e achou Paulinho, que bateu firme, não dando chances para Kawashima, que ainda tocou na bola, antes que ela entrasse.
Com menos de cinco minutos, tomando 2 a 0, Zaccheroni promoveu a primeira mudança em sua equipe, tirando o meia Kiyotake, para colocar o atacante Maeda. Do lado brasileiro, a mudança foi de postura - como na etapa inicial - com a equipe mostrando menos ímpeto ofensivo.
Morna, a partida só teve lance de perigo novamente aos 26 minutos do segundo tempo, quando Maeda pegou sobra de bola na área e encheu o pé, obrigando Julio César a fazer boa defesa. A torcida brasileira expressou alívio nas arquibancadas, e logo depois aplaudiu a entrada de Lucas, que entrou na vaga de Neymar, que aparentava grande desgaste físico.
Logo depois, Felipão reforçou o setor de meio-campo colocando Hernanes no lugar de Hulk. O ritmo brasileiro seguiu lento e as chances de gol raras. Aos 35, Fred, em sua última participação no jogo - depois deu lugar a Jô - ficou perto de marcar de cabeça, após escanteio cobrado pelo lado direito de ataque.
E o atacante do Atlético Mineiro foi o protagonista do último grande lance do jogo, justamente o que selou a vitória por 3 a 0. Depois de contra-ataque armado por Oscar, que arrancou da linha do meio-campo, Jô disparou, invadiu a área e bateu forte, sem dar chances para Kawashima.
Ficha técnica:.
Brasil: Julio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk (Hernanes), Neymar (Lucas) e Fred (Jô). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Japão: Kawashima; Uchida, Yoshida, Konno e Nagamoto; Endo (Hosogai), Hasebe, Kiyotake (Maeda), Honda (Inui) e Kagawa; Okazaki. Técnico: Alberto Zaccheroni.
Árbitro: Pedro Proença (Portugal), auxiliado pelos compatriotas Bertino Miranda e José Trigo.
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