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Londres nega visto ao presidente do Comitê Olímpico sírio, informa BBC

Sírios protestam contra o regime do ditador Bashar al Assad em Kraf Nubul, na Síria - AFP
Sírios protestam contra o regime do ditador Bashar al Assad em Kraf Nubul, na Síria Imagem: AFP

Da EFE, em Londres (ING)

22/06/2012 09h27

O Reino Unido rejeitou o pedido de visto do presidente do Comitê Olímpico Sírio, general Mowaffak Joumaa, para viajar para Londres pelos Jogos Olímpicos, informou nesta sexta-feira a cadeia britânica BBC.

Os vínculos entre Joumaa e o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, são a suposta causa da rejeição do visto do presidente do Comitê Olímpico Sírio pelo Reino Unido.

A decisão foi tomada em reunião entre representantes dos ministérios britânicos de Interior e das Relações Exteriores, junto com os responsáveis pelas pastas de Cultura, Imprensa e Esporte, e deve ser notificada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

Em 28 de março, durante a visita da Comissão de Coordenação do COI ao Parque Olímpico de Londres, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, informou que os funcionários envolvidos no regime sírio "não seriam bem-vindos" em Londres.

Contudo, o primeiro-ministro esclareceu que a participação dos atletas sírios em Londres 2012 - cerca de dez classificados para o evento - não corre perigo, a não ser que algum deles esteja envolvido em crimes de guerra, condição pela qual seriam afastados automaticamente da competição. "Os atletas sírios deverão participar dos próximos Jogos Olímpicos, é o correto", disse Cameron.

O Reino Unido, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, foi um dos países que mais insistiu em sanções mais duras contra o regime de Bashar al Assad.

Nos últimos meses, apesar do plano de paz do mediador internacional Kofi Annan, o conflito na Síria se intensificou. Segundo o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, o país se encontra à beira da guerra civil.

De acordo com dados da ONU, desde março de 2011 mais de 10 mil pessoas morreram vítimas da violência, 230 mil se deslocaram internamente e 60 mil buscaram refúgio em países vizinhos como a Turquia e o Líbano.