Topo

Médico que ajudou Armstrong a se dopar esnoba acusações de tráfico e formação de quadrilha

Armstrong brinda com champanhe após conquistar pela primeira vez a Volta da França - AFP PHOTO / JOEL SAGET
Armstrong brinda com champanhe após conquistar pela primeira vez a Volta da França Imagem: AFP PHOTO / JOEL SAGET

Da EFE

Em Pádua (Itália)

25/01/2013 18h37

O médico italiano Michele Ferrari, personagem central do caso de doping do ex-ciclista Lance Armstrong e acusado pelo Tribunal de Pádua (Itália) por formação de quadrilha, tráfico e utilização de produtos dopantes, evasão fiscal e contrabando, afirmou nesta sexta-feira que tais investigações não são mais que "uma provocação".

No blog de seu filho, também médico, Ferrari afirma que "a eficácia do doping não está provada" e que certas drogas "têm mais efeito placebo que qualquer outra coisa". Ele dá como exemplo Lance Armstrong, a quem considera estar "errado" por afirmar que é impossível vencer a Vola da França sete vezes sem se dopar.

Após questionar o uso da testosterona por parte do ciclista americano e seus ex-companheiros, Ferrari falou sobre o EPO, hormônio usado pelo ciclista para aumentar o rendimento.

"As transfusões descritas, como foram descritas, não teriam aumentado seu rendimento em mais de 3% ou 6%. E ele teria conseguido o mesmo resultado treinando na altitude", argumentou o médico.

Michele Ferrari também declarou que Armstrong teria chegado ao mesmo nível sem se dopar, já que "tinha um talento muito maior que o de seus adversários da época".