Torcedores de clube israelense são detidos por racismo
![Contratação dos chechenos de origem muçulmana revoltou parte da torcida do Beitar - AHMAD GHARABLI/AFP](https://conteudo.imguol.com.br/2013/01/31/dzhabrail-kadaev-e-zaur-sadaev-sao-apresentados-no-beitar-jerusalem-1359665371613_615x300.jpg)
Atendendo a pedidos do presidente de Israel, que pediu medidas contra o racismo, a polícia israelense prendeu torcedores do Beitar de Jerusalém por incitação à violência no jogo contra o Bnei Yehuda de Tel-Aviv, no último sábado (26). O clube da capital israelense já havia sido multado pela Associação de Futebol Israelense (IFA).
"O último detido foi um jovem preso que será apresentado à corte nesta quinta por fazer comentários racistas e incitar a violência", informou o porta-voz da polícia israelense, Miki Rosenfeld.
No incidente, vários torcedores exibiram cartazes racistas, depois que o presidente do clube, Arkadi Gaidamak, anunciou que ia contratar dois jogadores chechenos de origem muçulmana. Dzhabrail Kadaev e Zaur Sadaev devem assinar contrato nesta sexta-feira (1º).
"Beitar pura para sempre", dizia um cartaz, que provocou várias críticas de comentaristas esportivos e políticos. O Beitar, inclusive, contratou seguranças particulares para os dois jogadores, segundo a emissora de rádio israelense "Kol Israel".
A Associação Israelense de Futebol multou a equipe em 50 mil shekels (R$ 26,8 mil) na quarta-feira pelo racismo de parte de sua torcida, além de ter que atuar nos próximos cinco jogos com portões fechados. No domingo, o presidente de Israel, Shimon Peres, pediu à entidade que tomasse medidas rápidas para dar fim à xenofobia nos estádios.
"O racismo atingiu o povo judeu mais forte que em qualquer outra nação no mundo. As autoridades devem impedi-lo antes que domine o local. Estou convencido de que todo o país está comovido por este episódio e nunca o aceitará", disse Peres em carta.
A ministra de Cultura e Esporte israelense, Limor Livnat, também condenou o fato ocorrido no estádio do Beitar e pediu a abertura de uma investigação. Já o presidente do Parlamento (Knesset), Reuven Rivlin, criticou: "os gritos a favor da pureza racial judia no Beitar são degradantes".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.