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Clubes uruguaios entram com ação penal contra direção da Conmebol

Das agências internacionais, em Montevidéu (URU)

11/12/2013 16h34

Clubes uruguaios, entre eles o Peñarol, iniciaram uma guerra contra a Conmebol, acusando a entidade e má gestão econômica e cobrando explicações sobre possível aceitação de menor valor pela venda dos direitos televisivos de suas competições.

Segundo revelou nesta quarta-feira o presidente do clube 'carbonero' Juan Pedro Damiani, foi apresentada uma ação penal no Uruguai contra diretores da Conmebol. Dão respaldo à ação os presidentes de Cerro, Cerro Largo, El Tanque Sisley, Miramar Misiones e Rentistas, todos da primeira divisão do país.

Os dirigentes uruguaios querem que seja esclarecida a origem das dívidas da entidade apresentadas no último balanço financeiro da Conmebol. Além disso, querem saber se, de fato, existiu proposta da Global Sports, propriedade do empresário uruguaio Fernando Casal, pelos direitos de TV de competições.

Segundo Damiani, a imprensa uruguaia divulgou que a proposta da Global Sports teria sido "cinco vezes superior" a que foi aceita pela entidade, que é presidida pelo também uruguaio Eduardo Figueredo, que sucedeu o paraguaio Nicolás Leóz.

A proposta da empresa de Casal, de acordo com o que foi publicado pela imprensa do Uruguai, chegava a US$ 120 milhões por ano, pelos direitos de televisão da metade dos jogos que organiza a Conmebol. A oferta chegaria ainda a US$ 170 milhões, se fosse obtida a totalidade dos direitos entre 2015 e 2018.

No outro grande do futebol uruguaio, o Nacional, o presidente Eduardo Ache admitiu que "compartilha a preocupação", mas que não concorda com a denúncia penal, por isso o clube "recorrerá a outros meios".

Delegados de Peñarol, Nacional e Defensor Sporting, os três times do país classificados para a Taça Libertadores de 2014, estarão presentes nesta quarta-feira ao sorteio dos grupos da primeira fase da competição, e é possível que o tema da denúncia seja discutido no encontro.