Topo

Cartola indiciado faz ameaças a Fifa e diz que levou propina para política

Da EFE

04/06/2015 13h38

Ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner afirmou, em entrevista a um canal de televisão de Trinidad e Tobago, estar disposto a revelar tudo o que sabe sobre casos de corrupção envolvendo a Fifa, por isso, teme pela vida. Ex-presidente da Concacaf e hoje parlamentar, o cartola está na lista dos indiciados pelas autoridades americanas e disse que existem vínculos entre a federação internacional de futebol e as eleições gerais de seu país.

A informação foi negada pela primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad Bissessar, que disse não ter recebido qualquer quantia de Warner para sua campanha no pleito de cinco anos atrás. Warner, que está na lista de 14 indiciados pela Justiça americana por envolvimento em esquema de subornos e propinas na venda de direitos de televisão de competições internacionais, disse que seus advogados têm documentos que vinculam a Fifa a seu financiamento de campanha.

O ex-dirigente, que foi banido do futebol em 2011, falou também de "transações que incluem o presidente da Fifa, Joseph Blatter", que anunciou nesta quinta-feira a convocação de novas eleições para os próximos meses, quando entregará o cargo.

"Não terei segredos sobre os que buscam, ativamente, destruir o país", disse Warner, que falou em "avalanche" de revelações.

Warner, que inicialmente negou envolvimento em esquema de corrupção, se apresentou voluntariamente às autoridades de Trinidad e Tobago na semana passada, ficou 24h detido e foi liberado após pagar fiança de US$ 400 mil (R$ 1,4 milhão). "Temo real e razoavelmente pela minha vida", disse o ex-presidente da Concacaf.

Segundo Warner, de 72 anos, ele está pronto para qualquer tipo de atentado ou outro tipo de ação, tendo entregue documentos, incluindo "cheques e testemunhos" para advogados.