Corpo de pentacampeão da F-1 é exumado para testes de parternidade
Buenos Aires, 7 ago (EFE).- Os restos do pentacampeão de Fórmula 1, Juan Manuel Fangio (1911-1995), foram exumados nesta sexta-feira para tomar amostras genéticas que serão usadas como prova em causas de filiação iniciadas por dois supostos filhos não reconhecidos do argentino.
A exumação aconteceu por ordem judicial no cemitério de Balcarce, cidade natal de Fangio, na província de Buenos Aires. Fangio nunca se casou e nem teve filhos reconhecidos.
Oscar Scarcella, advogado de Oscar Espinosa, um dos litigantes, sustentou que "foram tomadas amostras de uma mão e do osso esterno" e que "tudo se desenvolveu com absoluta normalidade", segundo declarações divulgadas pelo "Infojus", site do Ministério da Justiça da Argentina.
Espinosa, de 77 anos, que também se dedicou ao automobilismo e que inclusive chegou a correr na Fórmula 3 na Europa, assegura desde dezembro de 2000 ser filho do famoso automobilista, embora tenha iniciado a causa para estabelecer seu parentesco somente em 2013.
O outro suposto filho de Fangio, Rubén Vázquez, que reivindica essa paternidade desde 2005, disse estar vivendo a situação "com muita angústia, um pouco desorientado e com ansiedade".
"Ele sabia que eu era seu filho, eu me inteirei um tempo depois. Eu tenho certeza da minha identidade", disse Vázquez, de 73 anos, ao "Infojus".
Fangio, nascido em Balcarce em 24 de junho de 1911 e morto em 17 de julho de 1995 em Buenos Aires, foi pentacampeão mundial da Fórmula 1 e é considerado um dos maiores automobilistas de todos os tempos.
Além de vencer em 1951, 1954, 1955, 1956 e 1957, foi vice-campeão em 1950 e 1953.
O argentino manteve o recorde de títulos da Fórmula 1 até 2003, quando foi superado pelo alemão Michael Schumacher.
Fangio, que ainda tem a melhor média de vitórias na máxima categoria do automobilismo, faleceu aos 84 anos por uma insuficiência respiratória após um quadro de broncopneumonia. EFE.
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