Platini depõe e diz que estaria "escondido na Sibéria" se não fosse culpado
O francês Michel Platini, presidente da Uefa suspenso pela Fifa por oito anos, compareceu nesta segunda-feira 915) à sede do organismo máximo do futebol para depor ao Comitê de Apelação e recorrer da punição e garantiu ser inocente.
O dirigente garantiu em declarações à imprensa que não estava lutando pelo próprio futuro, mas contra uma injustiça. "Não fiz nada e não temo por nada. Se tivesse algo que pelo qual me recriminar, estaria escondido na Sibéria pela vergonha", disse Platini.
O ex-jogador não se apresentou na primeira vez em que foi convocado para depor ao Comitê e alegou que o processo estava viciado. "(Os instrutores do caso) Já disseram tudo nos jornais, não valia a pena vir", justificou nesta segunda.
Em outubro, o Comitê de Ética da Fifa suspendeu o presidente da entidade, Joseph Blatter, e Platini de forma provisória. Em dezembro, os dois foram afastados do futebol por oito anos, o que impediu o francês de dar sequência à candidatura para presidir o organismo.
Na época, o comitê considerou que um pagamento de 2 milhões de francos suíços (R$ 8,1 milhões pela cotação atual) feito pela Fifa para Platini em fevereiro de 2011, autorizado por Blatter, "não tinha base legal no acordo assinado pelos dois dirigentes em 25 de agosto de 1999". O Comitê de Ética, que tinha pedido o banimento de ambos, apelou por considerar a suspensão insuficiente.
O dirigente francês, que prometeu recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS) caso não obtenha sucesso no recurso, considera que não foi Blatter quem o colocou em problemas. "Ele está no mesmo caso que eu. Alguém me envolveu nisso e tentarei averiguar quem foi", finalizou.
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