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Dois mil policiais vão garantir segurança em jogo entre Lokomotiv-Fenerbahçe

25/02/2016 09h41

Moscou, 25 fev (EFE).- Cerca de dois mil policiais russos garantirão a segurança durante a partida de volta que vai definir as equipes para as oitavas de final da Liga Europa nesta quinta-feira entre Lokomotiv Moscou e Fenerbahçe da Turquia.

Além de membros das unidades antidistúrbios, também serão desdobrados soldados do Ministério do Interior dentro e nas imediações do estádio, segundo informaram as autoridades municipais.

Um grupo de agentes turcos foi convidado pelas autoridades russas para compartilhar sua experiência em jogos de futebol de máxima tensão, já que na Turquia os confrontos entre as torcidas das diferentes equipes são comuns.

"Tenho grande esperança de que a partida de hoje transcorra sem excessos e infrações. Que seja um acontecimento esportivo e que toda a atenção se centre no futebol e não em outras coisas", disse Aleksandr Zhukov, presidente do Comitê Olímpico russo.

Na véspera do jogo, marcado pela tensão nas relações diplomáticas entre ambos os países que estão praticamente congeladas, o Ministério do Interior pediu aos torcedores russos para não cair em provocações e não recorrer à violência.

Fontes do Fenerbahçe informaram ontem que nenhum grupo de torcedores turcos viajará para Moscou para torcer para sua equipe devido a problemas com os vistos, depois que o Kremlin os reintroduziu em meio à crise com Ancara.

Por outro lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou hoje que o consulado russo em Istambul não recebeu nenhuma solicitação de visto por parte dos torcedores turcos.

"Nesta história não há nada de política", disse.

Segundo o clube turco, os únicos torcedores que poderiam comparecer ao estádio do Lokomotiv, que perdeu na ida por 2 a 0 em Istambul, são os turcos que vivem em território russo.

Para a tensão do jogo contribuiu o meio-campo russo Dmitri Tarasov, que exibiu uma camiseta com a imagem vestida de militar do presidente russo, Vladimir Putin, ao término da partida disputada em Istambul.

Tarasov, que explicou que tinha feito isso para mostrar seu respeito pelo presidente, foi punido por seu próprio clube, que tachou de "inadequada" e "prejudicial" a ação de seu jogador.