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Arsenal luta, mas Barça vence com gols de trio e vai às quartas da Champions

16/03/2016 18h49

Barcelona, 16 mar (EFE).- O Barcelona teve pela frente nesta quarta-feira um adversário que se entregou ao máximo e mostrou bom futebol, mas fez valer sua superioridade técnica no estádio Camp Nou, voltou a vencer o Arsenal, desta vez por 3 a 1, graças a um gol de cada integrante de seu poderoso trio de ataque, e se classificou para as quartas de final da Liga dos Campeões pela nona vez seguida.

Mesmo com a vantagem de ter vencido a partida de ida por 2 a 0 em Londres, em 23 de fevereiro, o Barça não abriu mão de seu estilo de jogo e contou com gol de Neymar para fazer 1 a 0 no primeiro tempo. Logo na volta do intervalo, Elneny empatou, mas Suárez marcou de voleio e Messi ampliou para selar a classificação do time catalão, que não sabe o que é ficar de fora da lista de oito melhores da 'Champions' desde 2007, quando caiu diante do Liverpool.

Os 'Gunners', por sua vez, vivem uma sina, já que caíram nas oitavas pela sexta vez seguida, apesar das boas atuações nessa eliminatória. Na última vez em que passaram dessa fase, em 2010, também foram derrubados pelo time espanhol.

Com a classificação, o Barça continua a busca para conquistar a tríplice coroa pela segunda temporada seguida. Líder do Campeonato Espanhol com oito pontos de vantagem e garantida na final da Copa do Rei, a equipe dirigida por Luis Enrique agora espera o sorteio da próxima sexta-feira para conhecer o próximo adversário na Liga. Ao Arsenal, resta tentar tirar a diferença de 11 pontos para o Leicester no Campeonato Inglês para não passar em branco em 2016.

O Barcelona teve apenas duas baixas, a do zagueiro Piqué, suspenso, e a do meia Rafinha, que é reserva e está afastado dos gramados desde setembro devido a uma lesão no joelho. Quem fez dupla com Mascherano na defesa foi Mathieu.

No Arsenal, o zagueiro Laurent Koscielny foi dúvida até horas antes da partida, mas foi titular da zaga ao lado do brasileiro Gabriel Paulista. Já o goleiro Cech, os meio-campistas Ramsey, Cazorla e Wilshere e o atacante Oxlade-Chamberlain foram desfalques.

O jogo começou equilibrado, com as duas equipes buscando o ataque, e quem teve a primeira oportunidade foram os 'Gunners', aos nove minutos de bola rolando. Özil carregou pelo meio, limpou a marcação e chutou rente à trave. A segunda finalização do time londrino aconteceu aos 15, também de fora da área, com Elneny, mas o egípcio também mandou para fora.

O Barça, claro, não se deixou pressionar, e levou perigo aos 17 minutos. Neymar fez ótimo passe em profundidade para Messi, que ficou cara a cara, mas o goleiro Ospina operou um milagre e evitou o primeiro.

Um minuto depois, porém, o arqueiro colombiano não teve muito o que fazer. Em nova saída rápida do ataque dos donos da casa, Suárez recebeu no meio e tocou na esquerda para Neymar, que invadiu a área, chutou rasteiro e fez 1 a 0.

O Arsenal continuou tentando, mas quase sempre com finalizações de longe que pouco incomodavam o goleiro Ter Stegen. O atual campeão era mais incisivo e mais preciso, como demonstrou aos 29 minutos, quando Neymar arrematou novamente e Ospina salvou.

Nos últimos minutos antes do intervalo, a equipe visitante sufocou o adversário em busca do empate, mas a bola não entrou. Aos 38, a defesa travou a batida de Elneny, e, aos 39, Sánchez cabeceou a centímetros do alvo.

O Barcelona poderia ter ido para o vestiário com uma vantagem maior, mas Suárez vacilou. Aos 45 minutos, o uruguaio recebeu passe de Messi e arriscou um toque por cobertura, mas errou na força e praticamente recuou para o goleiro.

A postura do Arsenal na volta para o segundo foi diferente, mas agressiva, e o empate veio logo aos cinco minutos. Sánchez rolou da ponta direita para o meio, onde Elneny, contratado em janeiro junto ao Basel, apareceu para acertar o ângulo esquerdo de Ter Stegen e deixar tudo igual.

A equipe inglesa jogava muito bem, mas do outro lado estava um dos melhores times de todos os tempos, que não deixa o goleiro adversário se sentir confortável por muito tempo. Aos nove, Neymar fez mais uma boa enfiada para Messi, que concluiu cruzado, mas Ospina pegou. Pouco depois, aos 15, o brasileiro ajeitou de peito e o argentino bateu para fora.

Para esfriar a reação do Arsenal, o Barça lançou mão do brilho de suas estrelas. Aos 19, Neymar abriu na direita para Daniel Alves, que cruzou. Suárez se posicionou bem, fora da pequena área, e emendou um lindo voleio para desempatar.

Tentando não se entregar, o time londrino assustou aos 21 minutos, com Welbeck. O atacante da seleção inglesa chutou da esquerda da área e acertou a junção da trave direita com o travessão.

Com o passar do tempo, o ritmo foi caindo. O Arsenal não teve fôlego nem motivação para manter o ritmo intenso, e o Barça trocava passes no ataque. Um novo lance de maior perigo aconteceu apenas aos 34, quando Sánchez cobrou falta para os visitantes e ia acertando o ângulo. Ter Stegen se esticou todo, espalmou e ainda parou com o ombro a tentativa no rebote.

Em menos de um minuto, a equipe anfitriã foi de uma defesa salvadora de Ter Stegen ao terceiro gol, que confirmou a classificação. Aos 42 minutos, Ter Stegen saiu nos pés de Walcott e cortou parcialmente. A defesa então completou o trabalho e ligou o contra-ataque. Neymar recebeu no meio, tentou a jogada individual e foi desarmado, mas a sobra ficou com Messi, que deu seu tradicional toque por cobertura para tirar de Ospina e assinalar o terceiro.



Ficha técnica:.

Barcelona: Ter Stegen; Daniel Alves, Mascherano, Mathieu e Jordi Alba; Busquets, Rakitic (Arda Turan) e Iniesta (Sergi Roberto); Messi, Neymar e Suárez. Técnico: Luis Enrique.

Arsenal: Ospina; Bellerín, Koscielny, Gabriel Paulista e Monreal; Flamini (Coquelin), Elneny e Özil; Sánchez, Iwoby (Giroud) e Welbeck (Walcott). Técnico: Arsene Wenger.

Árbitro: Sergei Karasev (Rússia), auxiliado pelos compatriotas Anton Averianov e Tikhon Kalugin.

Cartões amarelos: Arda Turan (Barcelona); Flamini, Gabriel Paulista, Sánchez e Giroud (Arsenal).

Gols: Neymar, Suárez e Messi (Barcelona); Elneny (Arsenal).

Estádio: Camp Nou, em Barcelona.