"Brexit" pode "mudar radicalmente o futebol inglês", diz estudo
Londres, 31 mar (EFE).- O "brexit" - como vem sendo chamada a possível saída do Reino Unido da União Europeia (UE) - pode "mudar radicalmente o futebol inglês", segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pela rede de televisão "BBC".
Se o país deixar o bloco comunitário, pouco mais de 400 jogadores que atuam em alguma das divisões do Campeonato Inglês e das ligas de Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte perderiam o direito de jogar no Reino Unido.
Há vozes, no entanto, que acreditam que a saída da UE, que pode ser decidida em referendo convocado para 23 de junho, daria mais oportunidades aos jogadores jovens britânicos.
"Sair da UE teria um impacto muito maior no futebol do que as pessoas acreditam. Estamos falando que cerca de metade da Premier League (divisão de elite) precisaria conseguir uma licença de trabalho", afirmou Rachel Anderson, agente de jogadores, em entrevista à "BBC".
"O impacto a curto prazo seria enorme, mas há gente que considera que a longo prazo poderia ser positivo, já que forçaria os clubes a se concentrar nos jogadores do país", acrescentou.
Os jogadores que possuem um passaporte europeu podem jogar livremente no Reino Unido, mas aqueles que não dispõem de um teriam que conseguir uma licença de trabalho outorgada pelo Ministério do Interior britânico.
A Premier League exige uma licença de trabalho a todos os jogadores extracomunitários, que é concedida se o jogador tiver disputado pelo menos 75% das partidas internacionais de sua seleção nos dois últimos anos, e esta tem que estar entre as 70 melhores do mundo.
Caso esse requisito não possa ser cumprido, é necessário provar que o jogador tem uma qualidade excepcional.
Segundo o estudo, mais de 100 jogadores da Premier League poderiam ser afetados, e equipes como Aston Villa, Newcastle e Watford perderiam até 11 membros de seus elencos.
O diretor-executivo do Campeonato Inglês, Richard Scudamore, declarou no ano passado que preferia que o Reino Unido continuasse a fazer parte da UE.
No entanto, a posição da principal categoria do futebol inglês é que a continuidade no bloco comunitário é algo que depende dos eleitores e reiterou que sempre trabalhará "junto com o governo em exercício".
O professor Raymond Boyle, da Universidade de Glasgow (Escócia), acredita que, se o Reino Unido deixar a UE, a legislação sobre as permissões de trabalho "voltará a ser estudada e pode ser modificada, como acontece com países como Noruega e Suíça".
"Me surpreenderia muito se a legislação não for replanejada. Países como Suíça e Noruega têm na atualidade regras à parte", declarou Boyle.
Por sua vez, Simon Bayliff, representante de jogadores, considera que a saída do bloco comunitário faria com que a Premier League reduzisse drasticamente seu valor.
"Seria algo positivo para os jogadores britânicos, mas o negativo seria a Premier perder muito valor, já que seu principal atrativo é a coleção de estrelas estrangeiras de seus clubes", afirmou.
"Pessoalmente, acredito que a mudança terá um grande impacto nos grandes nomes e pode afetar os jogadores que não são estrelas internacionais. Tudo isso faria com que a liga perdesse seu atrativo para os investidores estrangeiros", ressaltou Bayliff.
Se o país deixar o bloco comunitário, pouco mais de 400 jogadores que atuam em alguma das divisões do Campeonato Inglês e das ligas de Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte perderiam o direito de jogar no Reino Unido.
Há vozes, no entanto, que acreditam que a saída da UE, que pode ser decidida em referendo convocado para 23 de junho, daria mais oportunidades aos jogadores jovens britânicos.
"Sair da UE teria um impacto muito maior no futebol do que as pessoas acreditam. Estamos falando que cerca de metade da Premier League (divisão de elite) precisaria conseguir uma licença de trabalho", afirmou Rachel Anderson, agente de jogadores, em entrevista à "BBC".
"O impacto a curto prazo seria enorme, mas há gente que considera que a longo prazo poderia ser positivo, já que forçaria os clubes a se concentrar nos jogadores do país", acrescentou.
Os jogadores que possuem um passaporte europeu podem jogar livremente no Reino Unido, mas aqueles que não dispõem de um teriam que conseguir uma licença de trabalho outorgada pelo Ministério do Interior britânico.
A Premier League exige uma licença de trabalho a todos os jogadores extracomunitários, que é concedida se o jogador tiver disputado pelo menos 75% das partidas internacionais de sua seleção nos dois últimos anos, e esta tem que estar entre as 70 melhores do mundo.
Caso esse requisito não possa ser cumprido, é necessário provar que o jogador tem uma qualidade excepcional.
Segundo o estudo, mais de 100 jogadores da Premier League poderiam ser afetados, e equipes como Aston Villa, Newcastle e Watford perderiam até 11 membros de seus elencos.
O diretor-executivo do Campeonato Inglês, Richard Scudamore, declarou no ano passado que preferia que o Reino Unido continuasse a fazer parte da UE.
No entanto, a posição da principal categoria do futebol inglês é que a continuidade no bloco comunitário é algo que depende dos eleitores e reiterou que sempre trabalhará "junto com o governo em exercício".
O professor Raymond Boyle, da Universidade de Glasgow (Escócia), acredita que, se o Reino Unido deixar a UE, a legislação sobre as permissões de trabalho "voltará a ser estudada e pode ser modificada, como acontece com países como Noruega e Suíça".
"Me surpreenderia muito se a legislação não for replanejada. Países como Suíça e Noruega têm na atualidade regras à parte", declarou Boyle.
Por sua vez, Simon Bayliff, representante de jogadores, considera que a saída do bloco comunitário faria com que a Premier League reduzisse drasticamente seu valor.
"Seria algo positivo para os jogadores britânicos, mas o negativo seria a Premier perder muito valor, já que seu principal atrativo é a coleção de estrelas estrangeiras de seus clubes", afirmou.
"Pessoalmente, acredito que a mudança terá um grande impacto nos grandes nomes e pode afetar os jogadores que não são estrelas internacionais. Tudo isso faria com que a liga perdesse seu atrativo para os investidores estrangeiros", ressaltou Bayliff.
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