San Siro sediará reencontro entre Zidane e Simeone em competições europeias
Santiago Aparicio.
Madri, 26 mai (EFE).- Poucos metros de distância separarão mais uma vez Diego Simeone e Zinedine Zidane sobre o gramado do estádio de São Siro, palco escolhido pelo destino para o reencontro em uma competição continental, dois anos depois do título conquistado pelo Real Madrid em Lisboa com uma vitória sobre o Atlético de Madrid.
Os dois técnicos estavam na decisão na capital portuguesa há dois anos. Simeone já dirigia o Atlético, enquanto 'Zizou' era auxiliar técnico do italiano Carlo Ancelotti, responsável por levar o Real à tão sonhada Décima.
O Estádio da Luz viu a projeção definitiva de Simeone, que conseguiu recolocar a equipe 'rojiblanca' em destaque no cenário mundial. Ficou a um passo de escrever uma história sem igual na história do clube.
Zidane, dois anos atrás, era o escudeiro de Ancelotti. Sua responsabilidade era limitada, o ex-meia pouco se levantava do banco e sua imagem naquela campanha bem sucedida estava relegada a um plano secundário.
O acaso recolocou Real Madrid e ao Atlético de Madrid no centro do foco. A presença dos 'Colchoneros' na final da Liga dos Campeões novamente confirma o sucesso de um projeto sólido e engrandece ainda mais a reputação de um técnico consolidado e agora visto como um dos melhores do mundo.
O 'Cholo' representa a confiança em uma ideia. Todo mundo sabe como joga o 'Atleti' de Simeone e o que será visto no campo de jogo, mas poucos conseguem apertar o botão certo para responder a um estilo reconhecidamente rentável.
Zidane, ao contrário, foi uma medida de emergência, um tiro no escuro. Após a demissão de Rafa Benítez, em janeiro, o francês foi "promovido" do Real Madrid Castilla para a equipe principal e pôde pôr à prova toda a preparação que fez para treinar uma equipe de ponta.
O futebol não entende de planos, e 'Zizou' foi requerido pelo presidente do Real, Florentino Pérez, para tentar atenuar o estado de um elenco em decomposição. Nesses cinco meses, foi necessário improvisar, entrar em um trem em movimento. Tudo ao contrário do que faz Simeone, instalado em um habitat criado a seu gosto.
Mas 'Cholo' pode servir de inspiração para Zidane, já que também "tomou o trem em movimento". Em 23 de dezembro de 2011, assumiu um Atlético em baixa e desde então comandou o time em 260 partidas, com 164 vitórias, 52 empates e 44 derrotas desde então. Obteve cinco títulos, um do Campeonato Espanhol, um da Copa do Rei, um da Supercopa da Espanha, um da Liga Europa e um da Supercopa da Europa.
Os números do francês são bem mais modestos. São apenas 24 jogos, com 19 triunfos, três igualdades e apenas dois reveses, um deles justamente diante dos 'Colchoneros'. Em 27 de fevereiro, no Santiago Bernabéu, Antonie Griezmann marcou o gol da única derrota de Zidane como mandante à frente do Real até agora.
A partir de então, foram só vitórias para os 'Blancos' no Espanhol, em que ficou a apenas um ponto do campeão Barcelona. Na 'Champions', porém, houve um susto diante do Wolfsburg, que levou a melhor em partida de ida pelas quartas de final pelo placar de 2 a 0. Foi necessário vencer por 3 a 0 para que a classificação fosse obtida.
Algo mudou na cabeça de Zidane desde aquela tarde ruim no clássico no Bernabéu. O treinador, que desde sempre deixou claro o gosto pelo futebol de toque e habilidade, teve de buscar o equilíbrio em sua equipe. Foi a partir de então que o volante Casemiro ganhou destaques e Lucas Vázquez se tornou o 12º titular.
A mudança tática à espera de momentos mais tranquilos, de poder iniciar um projeto, acabou por levar Zidane até a final. Já Simeone não teve tantos percalços e pôde calcular cada passo desde o começo.
Ao contrário do que acontece no rival, nada fica ao acaso no Atlético. As peças se encaixam, e cada baixa é suprida por outra de perfil similar. Quem chega se envolve com quem já está no elenco e, caso não se integre, acaba ficando fora.
Consciente dos recursos que dispõe e das possibilidades, o 'Atleti' deixou de ser uma equipe menor. Exige do adversário até a extenuação e nunca se entrega.
Simeone e Zidane se reencontram no estádio de San Siro 17 anos depois de terem se enfrentado como jogadores, pelo Campeonato Italiano. O argentino pela Inter de Milão, e o francês, pela Juventus. Agora, são técnicos, mas brigam pór um objetivo maior, a taça da Liga dos Campeões.
Madri, 26 mai (EFE).- Poucos metros de distância separarão mais uma vez Diego Simeone e Zinedine Zidane sobre o gramado do estádio de São Siro, palco escolhido pelo destino para o reencontro em uma competição continental, dois anos depois do título conquistado pelo Real Madrid em Lisboa com uma vitória sobre o Atlético de Madrid.
Os dois técnicos estavam na decisão na capital portuguesa há dois anos. Simeone já dirigia o Atlético, enquanto 'Zizou' era auxiliar técnico do italiano Carlo Ancelotti, responsável por levar o Real à tão sonhada Décima.
O Estádio da Luz viu a projeção definitiva de Simeone, que conseguiu recolocar a equipe 'rojiblanca' em destaque no cenário mundial. Ficou a um passo de escrever uma história sem igual na história do clube.
Zidane, dois anos atrás, era o escudeiro de Ancelotti. Sua responsabilidade era limitada, o ex-meia pouco se levantava do banco e sua imagem naquela campanha bem sucedida estava relegada a um plano secundário.
O acaso recolocou Real Madrid e ao Atlético de Madrid no centro do foco. A presença dos 'Colchoneros' na final da Liga dos Campeões novamente confirma o sucesso de um projeto sólido e engrandece ainda mais a reputação de um técnico consolidado e agora visto como um dos melhores do mundo.
O 'Cholo' representa a confiança em uma ideia. Todo mundo sabe como joga o 'Atleti' de Simeone e o que será visto no campo de jogo, mas poucos conseguem apertar o botão certo para responder a um estilo reconhecidamente rentável.
Zidane, ao contrário, foi uma medida de emergência, um tiro no escuro. Após a demissão de Rafa Benítez, em janeiro, o francês foi "promovido" do Real Madrid Castilla para a equipe principal e pôde pôr à prova toda a preparação que fez para treinar uma equipe de ponta.
O futebol não entende de planos, e 'Zizou' foi requerido pelo presidente do Real, Florentino Pérez, para tentar atenuar o estado de um elenco em decomposição. Nesses cinco meses, foi necessário improvisar, entrar em um trem em movimento. Tudo ao contrário do que faz Simeone, instalado em um habitat criado a seu gosto.
Mas 'Cholo' pode servir de inspiração para Zidane, já que também "tomou o trem em movimento". Em 23 de dezembro de 2011, assumiu um Atlético em baixa e desde então comandou o time em 260 partidas, com 164 vitórias, 52 empates e 44 derrotas desde então. Obteve cinco títulos, um do Campeonato Espanhol, um da Copa do Rei, um da Supercopa da Espanha, um da Liga Europa e um da Supercopa da Europa.
Os números do francês são bem mais modestos. São apenas 24 jogos, com 19 triunfos, três igualdades e apenas dois reveses, um deles justamente diante dos 'Colchoneros'. Em 27 de fevereiro, no Santiago Bernabéu, Antonie Griezmann marcou o gol da única derrota de Zidane como mandante à frente do Real até agora.
A partir de então, foram só vitórias para os 'Blancos' no Espanhol, em que ficou a apenas um ponto do campeão Barcelona. Na 'Champions', porém, houve um susto diante do Wolfsburg, que levou a melhor em partida de ida pelas quartas de final pelo placar de 2 a 0. Foi necessário vencer por 3 a 0 para que a classificação fosse obtida.
Algo mudou na cabeça de Zidane desde aquela tarde ruim no clássico no Bernabéu. O treinador, que desde sempre deixou claro o gosto pelo futebol de toque e habilidade, teve de buscar o equilíbrio em sua equipe. Foi a partir de então que o volante Casemiro ganhou destaques e Lucas Vázquez se tornou o 12º titular.
A mudança tática à espera de momentos mais tranquilos, de poder iniciar um projeto, acabou por levar Zidane até a final. Já Simeone não teve tantos percalços e pôde calcular cada passo desde o começo.
Ao contrário do que acontece no rival, nada fica ao acaso no Atlético. As peças se encaixam, e cada baixa é suprida por outra de perfil similar. Quem chega se envolve com quem já está no elenco e, caso não se integre, acaba ficando fora.
Consciente dos recursos que dispõe e das possibilidades, o 'Atleti' deixou de ser uma equipe menor. Exige do adversário até a extenuação e nunca se entrega.
Simeone e Zidane se reencontram no estádio de San Siro 17 anos depois de terem se enfrentado como jogadores, pelo Campeonato Italiano. O argentino pela Inter de Milão, e o francês, pela Juventus. Agora, são técnicos, mas brigam pór um objetivo maior, a taça da Liga dos Campeões.
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