Jogadores deixam Eurocopa de lado e falam sobre saída do Reino Unido da UE
Paris, 24 jun (EFE).- O assunto desta sexta-feira no futebol europeu não foi o início das oitavas da Eurocopa, mas sim o "brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), apesar de os jogadores e técnicos mais interessados no tema - das seleções da Inglaterra, País de Gales, Irlanda e Irlanda do Norte - terem preferido se esquivar das perguntas ou deixar para respondê-las após o fim do torneio.
"Ainda estamos na Eurocopa e é a única coisa que importa, por enquanto. Depois do torneio, haverá tempo para falar. Não sabemos quem votou no que, que parte do país apoiou uma coisa ou outra", afirmou o técnico do País de Gales, Chris Coleman, que desconhecia o fato de os galeses terem apoiado a permanência de forma majoritária.
Coleman, no entanto, lamentou que essa decisão possa dificultar a saída de jovens treinadores a outros campeonatos, como ele próprio fez há alguns anos, quando foi à Espanha treinar a Real Sociedad.
"Em um momento da minha carreira, quando estava sem clube, fui à Grécia para aprender. É uma experiência incrível e, sim, infelizmente acredito que agora será mais difícil", completou.
Na mesma sala de imprensa no estádio Parc des Princes, em Paris, que neste sábado receberá o duelo entre o País de Gales e a Irlanda do Norte, o técnico da seleção norte-irlandesa, Michael O'Neill, preferiu brincar com a saída de seu país da UE.
"Não mudou nada, não vai ter nenhum impacto nos 11 (titulares) de amanhã. Meus jogadores estão concentrados na partida e não pensam no 'brexit'. No que me diz respeito, cometi um erro, esqueci de votar por correio, mas isso não vai impactar no jogo de amanhã", disse o técnico, cujo país também apoiou a permanência na UE.
A notícia também não afetou as declarações dos jogadores da Inglaterra em Chantilly, a poucos quilômetros ao norte de Paris, onde a equipe se prepara para o duelo contra a Islândia.
"É certo que nos levantamos e vimos a notícia. Alguns falaram disso, mas não me deu a impressão que dessem muita importância. Não acho que meus companheiros de equipe saibam demais sobre o assunto para comentar sua repercussão", disse o atacante Harry Kane.
Mais interessados e informados sobre o "brexit" estavam jogadores menos relacionados com o assunto, como o zagueiro italiano Giorgio Chiellini, que é formado em Economia e Comércio pela Universidade de Turim. O jogador da Juventus admitiu que a notícia do "brexit" causou grande impacto, e alertou pelo efeito contágio que pode ter em outros países que integram a União Europeia.
"Ontem fomos dormir com a convicção de que não haveria "brexit", e que o Reino Unido permaneceria na UE, mas depois ocorreu isso. Acredito que a maior preocupação deve ser o efeito dominó que a decisão pode causar. Não acho que possa mudar o equilíbrio da economia europeia e mundial em geral", afirmou o zagueiro.
Chiellini afirmou que viu na decisão dos britânicos o sintoma de um "descontentamento geral" que se percebe nos países de toda Europa. E avaliou que a Itália poderia votar de modo similar caso fosse realizado um referendo sobre permanência na UE no país.
"Quando há descontentamento, sempre tendemos a votar por uma mudança, embora não haja programa ou não seja lógico. Acredito que é o que sucedeu no Reino Unido", acrescentou.
Já o goleiro da seleção da Alemanha, Manuel Neuer, se limitou a lamentar, de forma muito diplomática, a decisão do voto britânico.
"Não posso dizer muito no plano político, mas tenho a sensação que é uma pena para o Reino Unido. Eu cresci em uma época na qual o normal é viver em uma Europa unida", afirmou o jogador do Bayern de Munique.
"Ainda estamos na Eurocopa e é a única coisa que importa, por enquanto. Depois do torneio, haverá tempo para falar. Não sabemos quem votou no que, que parte do país apoiou uma coisa ou outra", afirmou o técnico do País de Gales, Chris Coleman, que desconhecia o fato de os galeses terem apoiado a permanência de forma majoritária.
Coleman, no entanto, lamentou que essa decisão possa dificultar a saída de jovens treinadores a outros campeonatos, como ele próprio fez há alguns anos, quando foi à Espanha treinar a Real Sociedad.
"Em um momento da minha carreira, quando estava sem clube, fui à Grécia para aprender. É uma experiência incrível e, sim, infelizmente acredito que agora será mais difícil", completou.
Na mesma sala de imprensa no estádio Parc des Princes, em Paris, que neste sábado receberá o duelo entre o País de Gales e a Irlanda do Norte, o técnico da seleção norte-irlandesa, Michael O'Neill, preferiu brincar com a saída de seu país da UE.
"Não mudou nada, não vai ter nenhum impacto nos 11 (titulares) de amanhã. Meus jogadores estão concentrados na partida e não pensam no 'brexit'. No que me diz respeito, cometi um erro, esqueci de votar por correio, mas isso não vai impactar no jogo de amanhã", disse o técnico, cujo país também apoiou a permanência na UE.
A notícia também não afetou as declarações dos jogadores da Inglaterra em Chantilly, a poucos quilômetros ao norte de Paris, onde a equipe se prepara para o duelo contra a Islândia.
"É certo que nos levantamos e vimos a notícia. Alguns falaram disso, mas não me deu a impressão que dessem muita importância. Não acho que meus companheiros de equipe saibam demais sobre o assunto para comentar sua repercussão", disse o atacante Harry Kane.
Mais interessados e informados sobre o "brexit" estavam jogadores menos relacionados com o assunto, como o zagueiro italiano Giorgio Chiellini, que é formado em Economia e Comércio pela Universidade de Turim. O jogador da Juventus admitiu que a notícia do "brexit" causou grande impacto, e alertou pelo efeito contágio que pode ter em outros países que integram a União Europeia.
"Ontem fomos dormir com a convicção de que não haveria "brexit", e que o Reino Unido permaneceria na UE, mas depois ocorreu isso. Acredito que a maior preocupação deve ser o efeito dominó que a decisão pode causar. Não acho que possa mudar o equilíbrio da economia europeia e mundial em geral", afirmou o zagueiro.
Chiellini afirmou que viu na decisão dos britânicos o sintoma de um "descontentamento geral" que se percebe nos países de toda Europa. E avaliou que a Itália poderia votar de modo similar caso fosse realizado um referendo sobre permanência na UE no país.
"Quando há descontentamento, sempre tendemos a votar por uma mudança, embora não haja programa ou não seja lógico. Acredito que é o que sucedeu no Reino Unido", acrescentou.
Já o goleiro da seleção da Alemanha, Manuel Neuer, se limitou a lamentar, de forma muito diplomática, a decisão do voto britânico.
"Não posso dizer muito no plano político, mas tenho a sensação que é uma pena para o Reino Unido. Eu cresci em uma época na qual o normal é viver em uma Europa unida", afirmou o jogador do Bayern de Munique.
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