Martine Grael admite tensão até o fim da regata que rendeu medalha de ouro
Rio de Janeiro, 18 ago (EFE).- Campeã olímpica de vela na categoria 49er FX ao lado de Kahena Kunze nos Jogos do Rio nesta quinta-feira, Martine Grael relembrou algumas decisões que teve de tomar ao longo da última regata e admitiu que se manteve tensa até a linha de chegada.
"A gente só realizou que venceu mesmo quando cruzou a linha. Porque até o final tudo pode acontecer. Quando a gente conseguiu cruzar da esquerda, no segundo contravento, e veio apenas a dinamarquesa, eu pensei 'que bom'. Sabia que a gente voltaria com pressão, e mesmo com as neozelandesas por perto, sabia que a gente tinha uma grande chance. Deu até um nervoso, achei que poderia errar a última manobra, mas deu tudo certo", comentou a timoneira da equipe campeã.
As brasileiras, que disputavam o título com outras três embarcações, passaram em terceiro nas quatro primeiras boias. Mas, com uma tática arriscada, foram à esquerda da raia, pegaram uma boa corrente, assumiram a ponta na quinta e última boia e não saíram mais do primeiro lugar.
"Foi a decisão mais difícil que a gente teve de tomar. A gente já estava indo pela esquerda e pensou que mudar a direção poderia ser arriscado e preferiu seguir porque estava muito indecisa. A gente nessas horas olha todas as outras pessoas que estão competindo, como o vento está vindo na frente vai conversando o tempo todo. A Kahena me ajuda muito nessas horas, ela fez um grande trabalho", analisou Martine, que relatou o que pensava para se manter tranquila.
"Já chegamos tantas vezes em situação assim de regata decisiva, e acho que isso nos acalmou. Eu pensei 'já chegamos tantas vezes, essa é só mais uma", disse.
Martine é filha de Torben Grael, bicampeão olímpico na classe Star, com títulos em Atlanta 1996 e Atenas 2004, e dono de dois bronzes na mesma categoria, em Seul 1988 e Sydney 2000, além de uma prata na classe Soling, que já não faz parte dos Jogos, em Los Angeles 1984. A velejadora afirmou que aprende muito com o pai, mas revelou que quase sempre parte dela a iniciativa de conversar a respeito com ele.
"Na vela, a experiência conta muito, e ele tem muita experiência para compartilhar. Ele não é uma pessoa que fala muito, a gente tem de ir buscando. Mas sempre busco essas informações, tanto com ele quanto com outros atletas da vela e de outras modalidades", declarou.
Após a cerimônia de entrega de medalhas, as duas velejadoras correram para o meio da torcida e chegaram a ser carregadas nos braços do povo. "Não esperava uma comemoração tão grande. Amei", resumiu Martine, que considerou boa a participação do Brasil na vela no Rio 2016, mesmo sem a conquista de outras medalhas.
"A equipe brasileira velejou muito bem, acho que mesmo sem outras medalhas. O Robert (Scheidt) mandou bem, a Fernanda (Oliveira), o Jorginho (Zarif) também mandou. Acho que estão todos de parabéns", avaliou, citando o quarto colocado na Laser, o sexto na Finn e a oitava na 470, ao lado de Ana Barbachan.
"A gente só realizou que venceu mesmo quando cruzou a linha. Porque até o final tudo pode acontecer. Quando a gente conseguiu cruzar da esquerda, no segundo contravento, e veio apenas a dinamarquesa, eu pensei 'que bom'. Sabia que a gente voltaria com pressão, e mesmo com as neozelandesas por perto, sabia que a gente tinha uma grande chance. Deu até um nervoso, achei que poderia errar a última manobra, mas deu tudo certo", comentou a timoneira da equipe campeã.
As brasileiras, que disputavam o título com outras três embarcações, passaram em terceiro nas quatro primeiras boias. Mas, com uma tática arriscada, foram à esquerda da raia, pegaram uma boa corrente, assumiram a ponta na quinta e última boia e não saíram mais do primeiro lugar.
"Foi a decisão mais difícil que a gente teve de tomar. A gente já estava indo pela esquerda e pensou que mudar a direção poderia ser arriscado e preferiu seguir porque estava muito indecisa. A gente nessas horas olha todas as outras pessoas que estão competindo, como o vento está vindo na frente vai conversando o tempo todo. A Kahena me ajuda muito nessas horas, ela fez um grande trabalho", analisou Martine, que relatou o que pensava para se manter tranquila.
"Já chegamos tantas vezes em situação assim de regata decisiva, e acho que isso nos acalmou. Eu pensei 'já chegamos tantas vezes, essa é só mais uma", disse.
Martine é filha de Torben Grael, bicampeão olímpico na classe Star, com títulos em Atlanta 1996 e Atenas 2004, e dono de dois bronzes na mesma categoria, em Seul 1988 e Sydney 2000, além de uma prata na classe Soling, que já não faz parte dos Jogos, em Los Angeles 1984. A velejadora afirmou que aprende muito com o pai, mas revelou que quase sempre parte dela a iniciativa de conversar a respeito com ele.
"Na vela, a experiência conta muito, e ele tem muita experiência para compartilhar. Ele não é uma pessoa que fala muito, a gente tem de ir buscando. Mas sempre busco essas informações, tanto com ele quanto com outros atletas da vela e de outras modalidades", declarou.
Após a cerimônia de entrega de medalhas, as duas velejadoras correram para o meio da torcida e chegaram a ser carregadas nos braços do povo. "Não esperava uma comemoração tão grande. Amei", resumiu Martine, que considerou boa a participação do Brasil na vela no Rio 2016, mesmo sem a conquista de outras medalhas.
"A equipe brasileira velejou muito bem, acho que mesmo sem outras medalhas. O Robert (Scheidt) mandou bem, a Fernanda (Oliveira), o Jorginho (Zarif) também mandou. Acho que estão todos de parabéns", avaliou, citando o quarto colocado na Laser, o sexto na Finn e a oitava na 470, ao lado de Ana Barbachan.
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